sexta-feira, 30 de novembro de 2007

London, 30th November 2007

O transporte público de Londres é muito bom... quando funciona!

Hoje eu levei 2h pra voltar pra casa, uma hora a mais do que o habitual.
O trem que eu tenho que pegar apenas pra ir até a próxima parada estava suspenso, e como eu ia voltar pra casa?
Bem, pegar um ônibus é a saída mais lógica (mesmo tendo que caminhar mais, e tendo que descer do lado da "faixa" que é mais deserto e mais poveracho). Até aí, tudo ótimo. Se não tivessem umas 200 pessoas tentando entrar no mesmo ônibus, e cada vez que o próximo vinha, mais gente saída do metro também vinha pra pegar o próximo... o que me fez achar mais lógico pegar um táxi.

Mas quem disse que tem táxis por ali, naquela mega-estação de bus e metro?
Lá me fui, de volta pra baixo da terra, até Canary Wharf, onde eu tinha certeza que haveria um ponto de táxi... mas eis que o ponto estava vazio, eu perguntei pra um táxi parado do outro lado se ele estava disponível, e ele me disse que não, mas que do outro lado estava vindo um com a luz acesa... mas claro que não deu tempo de pegá-lo.
Quando eu já estava quase chorando no meio da rua, com o guarda-chuva (novíssimo) quase quebrado pela ventania, eu consegui um táxi que me trouxe para casa... bandeira 2, mais do que uma hora de trabalho... mas que pelo menos me deixou na porta de casa, sã e salva, pra subir e ficar quentinha de novo, e matar a fome e acabar com a minha dor de cabeça.

E olha que o dia hoje tambem não tinha sido nada fácil!

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

London, 28th November 2007

O frio aqui é tanto, que já estou gripada de novo!

Tá certo que no Brasil eu também sempre tinha umas 3 gripes por ano, de vez em quando uma sinusitezinha básica... mas que é um saco mês sim, mês não ficar com o nariz trancado e sentindo a cabeça como se tivesse uma tonelada dentro, isso é.

Estamos às voltas com os preparativos para a nossa viagem no final do ano, e isso consome um tempão de organização... São muitas as coisas e lugares que queremos ver, mas o tempo não conta muito a favor. E será invernão, o que significa museus fechando mais cedo, e dias mais curtos, além de muito frio.

Acho que ainda não vai ser nesse natal que vamos passar com neve, mas vai ser muito legal assistir à missa de Natal no Vaticano, se conseguirmos um lugarzinho...

Esse mês eu nem escrevi nada nos dias dos aniversários das amigas, e do maninho... mas vocês sabem que eu adoro vocês, e desejamos tudo de bom!

Agora, só quero ver a minha cara para o chefe, quando eu for pedir demissão da loja, algumas semanas apenas antes do natal!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

London, 20th November 2007

Supercalifragilisticexpialidocious



O dia em que vimos Mary Poppins!

Fomos almoçar no Imperial College com o Alberto, amigo do Rômulo.
Foi bem interessante a experiência de almoçar no "RU" dos PHDs de uma das mais conceituadas universidades do planeta.
É uma galera almoçando lá. A comida é boa, e barata.
E os estudantes de graduação tem um refeitório separado dos sêniors.
Depois do almoço, fomos pegar o metrô para ir até a Harrolds comprar creminhos, e no caminho pelo túnel subterrâneo (que usamos pra ugir da chuva) achamos a entrada para o pátio o Museu de História Natural, onde está o rink de patinação no gelo que eles abriram lá, e que tem junto uma feirinha com artigos de lã e de natal.
Pena que estava chovendo... não ia dar pra aproveitar a passeadinha no gelo.

O inverno aqui é bem legal, embora seja muito, muito frio, e a gente ainda esteja no outono, que faz uns 2 graus de madrugada de vez em quando. A temperatura média do outono acho que posso dizer que fica entre os 10 e 13 graus.

Depois da voltinha por uma das lojas de departamentos mais badaladas do mundo, fomos para a Leicester Square, pra comprar os ingressos pra assistir o nosso PRIMEIRO MUSICAL!!! (da vida adulta - E o Stomp eu conto como show, não como musical).

Fizemos umas comprinhas de inverno básicas, e depois fomos para o teatro!

O teatro é bem antigo, e LINDO!
Cheio de veludo vermelho no interior.
E a peça, é simplesmente o máximo!!!
Eu AMEI, e por mim, eu veria de novo!

Pena que ela tá indo embora de Londres em Janeiro...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

London, 17th November 2007


Mais uma day-trip a partir de Londres, dessa vez sozinhos: Dover!
Dover é uma cidade costeira, com um dos Portos mais movimentados da Inglaterra.
Foi ali, a primeira vez que vimos caminhões de carga andando nas ruas.

Dover tem como maiores atrações a vista, pois se pode enxergar a França do outro lado em dias claros; os "White Cliffs" - que a gente não viu, porque chegou meio tarde na cidade, e estava um frio desgraçado; o Castelo de Dover - onde o Henrique V, pai da primeira Elizabeth se escondeu quando largou a primeira mulher; o Farol dos tempos Romanos; uma Igreja de 1000 anos; e os túneis subterrâneos escavados na montanha, abaixo do castelo, que foram utilizados nas Guerras Napoleônicas e depois aumentados e reutilizados na Segunda Grande Guerra.

Como chegamos na cidade quase as 2h, fomos direto em direção ao Castelo, que dá pra ter uma vista legal do English Channel e da França láaaaaaa do outro lado.
Quando compramos os ingressos, o guia que vende falou que era legal a gente começar pelos túneis, porque o último tour iria sair dali a uma meia hora, e foi por ali que começamos mesmo.
Os túneis não são mais utilizados pelas forças armadas, mas a gente não faz o tour por todos eles... passamos pelos túneis que eram o hospital, onde eles fazem uma dramatização radiofônica como se estivéssemos na época da guerra, recebendo um ferido, passando inclusive pela sala de cirurgia, onde falta luz no meio do procedimento, e também pela cozinha do hospital, com comida de verdade e tudo. Depois, passamos pelos centros de inteligência de Guerra, onde Marinha, Exército e Aeronáutica tinham seus postos de comunicação, e de onde o Vice-Almirante Ramsey encabeçou a Operação Dynamo, que resgatou quase 400 mil soldados Ingleses, Franceses e Belgas na França, pois eles estavam praticamente encurralados pelos alemães.
Esses túneis da inteligência, eram os mesmos que foram utilizados pelo Exército Inglês na época da Guerra contra o Napoleão.
É muito legal o passeio, e a gente se dá conta do quão importante foram as duas grandes guerras na vida das pessoas que moravam aqui na Europa.
Meu avô, que nunca se conformou por não ter sido convocado pelo Exército Brasileiro para vir lutar com a FEB, é que ia ter gostado de fazer essa viagem no tempo, e sentido um pouquinho como foi essa fase escura da história européia.

E já que estamos falando da Guerra, tenho uma curiosidade que tem um pouco a ver com o passeio. Aqui, a partir do final de outubro, até o dia 11 de novembro, as pessoas compram nas ruas as Poppy Flowers, que são feitas durante todo o ano por pessoas especiais, e que servem para relembrar os mortos nas duas grande guerras, e para angariar fundos para a Legião Britânica. Aqui, todo mundo usa a florzinha nas ruas, e no dia 11/11, às 11h da manhã, Londres pára para fazer um minuto de silêncio, em homenagem àqueles que perderam a vida nas guerras.

Depois do passeio pelos Túneis, fomos ver o Farol Romano, que dizem que é a construção mais antiga da Inglaterra, e a Igreja de Saint Mary in Castro, que tem apenas uns mil anos (ela foi construída pelos Saxões no século 10, por volta de 1000 D.C.)... uma jovem construção, com o dobro de idade do que o País de onde viemos.

O Castelo é que a gente não conseguiu aproveitar muito. Colocamos o pé pra dentro da porta, e o Guia veio atrás da gente dizendo que era pra seguir pela esquerda, depois direita, e sair, porque eles estavam fechando. Eram 16h já... estava escurecendo...
Bem, não chegamos nem perto da escada que sobe para a torre, passamos correndo pelos salões do Castelo, levei um susto na hora em que tiramos a foto na frente do trono...
Eu pisei no tapete, na parte que fica para fora da cordinha, e uma voz começa a dizer: "O que que tu pensa que tá fazendo? Sai logo de cima desse tapete!!!".
Era uma gravação, mas eu e a mulher do outro casal que estava sendo expulso do Castelo com a gente também levou um susto. 
É por isso que na foto (ali no Picasa), eu to me dobrando de tanto rir!!!

Depois de sairmos correndo do castelo, com a noite caindo, não tínhamos mais muito o que fazer na cidade.

A lojinha do Castelo fechou, e não conseguimos comprar nada como souvenir, a cidade inteira fecha pelas 17h, como todas as cidades pequenas nesse país.

Conseguimos ao menos parar para tomar um café e comer alguma coisa, para descongelar um pouquinho. Estava MUITO frio!!!
A gente quase congelou no topo da montanha, na beira do mar...
Não tinha nenhum relógio na rua dizendo a temperatura, mas a sensação térmica devia ser de 1 grau.

Quando descemos do trem, em Londres, a gente sentiu que estava até quente por aqui.




quinta-feira, 15 de novembro de 2007

London, 15th November 2007

"Caipira Brasileiro em Londres = ipod no volume máximo, ouvindo música sertaneja.
Você pode sair do Brasil, mas o Brasil nunca vai sair de dentro de você!"
Juliana

Pesadelo dos pesadelos: Você sai para trabalhar, pega o metrô médio lotado, e em pé do seu lado tem um brasileiro ouvindo seu ipod no máximo volume. Primeiro eu até achei que era um indiano, pois a música parecia um nheco-nheco... mas começando a prestar a atenção, me dei conta de que era um sertanejo dos bem caipiras. Nem Zezé di Camargo, nem Xitãos, nem Leonardos, era uma dupla muito pior.

Eu até ia dizer que tava com saudades da terrinha, enumerar algumas coisas das quais sinto falta... mas esse episódio de hoje de manhã, e o céu lindo que tinha hoje, mudaram o meu espírito.

Sim, aqui também tem dias frios, bem frios e céu azul e limpo. É raridade, mas tem. E eu achei muito bonito, chegar no meu local de trabalho, tão antigo, e ter aquele solaço na cara, e o céu daquela cor linda!

Mas na hora do almoço, lembrei de uma das coisas não tão boas daqui: a comida!
Sim, até comida chinesa tem gosto diferente aqui... e não é melhor não.

As únicas coisas que eu gosto muito de comer e que são tipicamente britânicas, são os muffins (os de chocolate do Tesco são maravilhosos) e as "Cornish Pasty"s.
As Pastys são tipo um pastel de forno, com uma massa mais gordursa, e que tem recheios diversos... elas são tipo as "pies" daqui, mas fechadinhas, e são tradicionalmente da região de Cornwall (lá onde a Morgana e a Camilla Parker Bowles são duquesas).

Uma outra coisa boa daqui?
O salmão tem um preço ótimo, e hoje a noite vamos comer peixinho.


domingo, 11 de novembro de 2007

Adendo ao post anterior.

Após uma breve pesquisa no google, descobrimos que a empresa de zíperes YKK é uma multinacional com origem o Japão.
Ou seja, as botas realmente podem ser de qualquer lugar do mundo... principalmente porque não dizem de onde vieram.

Mas o que realmente importa, é que elas são lindas!
Obrigada.

sábado, 10 de novembro de 2007

A difícil arte de comprar sapatos na Europa.

Eu, como toda mulher consumista que se presa, ADORO SAPATOS!!!

Se forem vermelhos então, quero comprar todos! Estou apaixonada por um sapato Prada que eu vi na Selfridge’s e que nem vi o preço pra não entrar em depressão.

Só que eu tenho um probleminha... até eu achar um sapato que eu goste, dentro do meu orçamento, que não machuque, e que tenha um salto que não seja tamanho 10 para cima, é um imenso sacrifício!!!!
Ainda mais, porque eu gosto de sapatos com alguma coisa diferente, e principalmente, me atraem só os saltões... e os de salto baixo, que eu preciso usar, são sempre meia boca.

Eu trabalho toda de preto, e preciso de sapatos que agüentem o frio que já chegou e o frio que está por vir, sejam confortáveis e mais para sociais do que para fashion e esportivos (que são mais a minha cara), e com salto baixinho, baixinho.

No mes passado consegui comprar uma botinha de nobuk/suede preta, que eu tinha AMADO a preço cheio em uma liquidação (o que eu amei mais ainda!)... mas como não é saudável usar o mesmo sapato todos os dias, eu andava a (alguém sabe me dizer como colocar crase no mac?) procura de um outro sapato, preto, de preferência uma bota com cano mais alto, pra usar com saias e também por baixo da calça.

Uma das únicas outras que se encaixavam no briefing, e que eu tinha gostado, era aquela que eu comprei e que não me entregaram, da Hush Puppies.
Bonita, confortável, mas com numeração esquisita... o meu número correto seria um meio número, que eu só achei pela internet, e que eles não tinham mais, e que me avisaram só quando eu perguntei uns 20 dias depois, mas que pelo menos estornaram no cartão de crédito. Ela só não era de couro, mas o suede dela era tratado para poder pegar chuva. Perfeita! Pena que não tinha.

Bem, a longa procura também se dava ao fato de eu achar desaforo ter que comprar um sapato Made in Brasil aqui. Sim, porque quem está habituado a passear nas pontas de estoque de Novo Hamburgo e sabe que encontra a mesma coisa por lá, por muito menos, acha um desaforo comprar o mesmo sapato e pagar em Libras.

E mesmo assim, nenhum deles tinha me encantado.

Pois essa semana vou a uma loja ali perto do trabalho, que não é das mais barateiras, mas que está com um cartazão na vitrine dizendo que tem até 70% de descontos em alguns sapatos selecionados. Entrei pra ver... e me deparei com uma bota cinza chumbo, de couro, bico fino e saltinho baixo que era MARAVILHOSA!!!!
Combina com as roupas pretas, e com meu vestidinho de lã cinza. Mesmo não estando em liquidação, o preço também não era dos mais caros (comparando com tudo o que eu vi até agora). A marca, pelo que a vendedora me disse, e pelo nome, é Italiana – Marco Tozzi , e mesmo assim, antes de fechar o negócio, eu tentei ver onde ela havia sido produzida, e perguntei pra vendedora, que não sabia. Disse a mim mesma que elas deveriam ser italianas, e levei-as para casa.

Hoje, meu day-off, eu estreei o belo e novo par, para amaciar. Ótimo, até aqui nenhum problema. E não há problema algum mesmo... só que quando eu cheguei em casa e sentei na cama para tirar as botas dos pés, eu olho para o zíper, e me dou de cara com as iniciais: YKK.
Toda mulher que compra calça jeans, bolsas, jaquetas, etc. no Brasil sabe que essa é uma marca de zíperes brasileira.

Pois então, a não ser que eles tenham importado apenas o fecho, as minhas belas botas Italianas, são Made in Brazil.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Remember, Remember the 5th of november

Dia 5 de novembro aqui não foi feriado, mas eles celebram aqui uma espécie de Tiradentes ao contrário.

Em 1605, um grupo de Católicos queria acabar com o regime monárquico Protestante, e resolveram explodir o parlamento e o palácio real.
O único probleminha que eles tiveram, foi que descobriram o plano, e o cara que estava lá pronto para detonar tudo, foi preso na madrugada do dia 5 de novembro.

Desde o ano seguinte eles começaram a celebrar aqui esta data, para lembrar ao povo o que acontece nos casos de alta traição. 

O cara que foi preso foi condenado a morte.

Um pouco sobre essa história pode ser vista no filme V for Vendetta.

Mas é muito legal participar de uma celebração tão antiga... eles soltam fogos de artifício pela cidade toda, e aqui na marina na frente do nosso prédio não foi diferente. Foram alguns bons minutos com um espetáculo de fogos muito legal, no sábado que antecedeu a segunda-feira, dia 5/11.
Na segunda ainda haviam pessoas soltando fogos.

A noite que antecede o dia 5/11, aniversário da mal-sucedida revolução, é conhecida também pelo nome de Bonfire Night.

Mais informações também podem ser obtidas no wikipédia.


sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Faz tempo, né?

Tenho que escrever sobre as visitas a Bath e Salisbury-Stonehenge com as nossas visitas.

AMEI Bath.

Mas tenho que registrar o fato mais engraçado do dia de hoje: 01/11:
Fomos a um Pub encontrar com amigos e nos despedirmos da Poli, André e Bibi (que tiveram que voltar pra casa mais cedo, porque o pub não podia ter crianças, não tinha licença...).
Depois de algumas Pints de cerveja, fomos pegar o Tube. Até aí tudo bem, nada de mais.

A não ser pelo fato de que entramos no caminho para os trens pela saída, ou seja, pelo lado errado, e quando eu me viro pra dizer pro Rômulo que temos que pegar o trem do lado direito, ele está dentro do trem que ia para o lado errado, do lado esquerdo.
A cara de pavor que ele fez quando se deu conta de que eu não tava junto no trem, que eu tava chamando ele do lado de fora, e que o trem começou a apitar porque ia fechar a porta, foi MUITO ENGRAÇADA!!!!
Quase fiz xixi nas calças, de tanto rir.

A gente agora tem uma internet discada, e na minha folga sábado, eu prometo que vou tentar escrever mais.

See you.