sábado, 31 de maio de 2008

London, 31st may 2008

Viver em cidades separadas SUCKS A LOT!

Hoje passei um dia bacana com uma amiga do Brasil, depois de uma noite parcialmente em claro e muito mal dormida.

Caminhamos toda a Portobello Road, depois voltamos tudo, fomos ao Kensington Gardens, depois a South Kensington e para terminar Harrod's em Knigtsbridge.

Pena o céu e os pensamentos cinza.

Pelo menos tinha comida boa em casa.

E dúvidas nem tão boas me esperando.

Colo de mãe faz uma falta!!!

quinta-feira, 29 de maio de 2008

London, 29th May 2008

Voltei pra casa!

Eu sempre quis morar em um hotel, quarto auto-limpante e tal... mas depois de uma semana, a gente fica com saudades das nossas coisas, cansa de usar toalhas cheirando a detergente abrasivo e não sabão em pó com comfort.

A gente cansa de não poder cozinhar e poder ter só meia dúzia de coisas no frigobar.
A gente cansa de ter que sair de casa só pra que a camareira venha arrumar o quarto.

Enfim, não existe lugar como a nossa casa.
E por enquanto, mesmo com um em cada cidade, Londres é a minha casa.
É onde temos um apartamento aconchegante, com todas as nossas coisas e manias.
Onde tem uma cama fofinha, com os nossos travesseiros e um edredon macio.

Onde temos uma cama de casal com um colchão maravilhoso, e não duas camas de solteiro unidas, onde não dá pra ficar no meio, porque sempre tem o "buraco". E onde os travesseiros não são fofos, e não tem edredon, só colcha e cobertores.

Aqui sinto falta do Rômulo, mas daqui a pouco teremos uma casinha lá.

Só que por incrível que pareça, encontrar um apartamento em Barcelona é mais difícil que em Londres!
Um que se enquadre no orçamento que queremos, que não seja em um prédio de 100 anos, escuro, térreo, minúsculo, com móveis, etc.

Tem sido uma tarefa árdua! Vimos muitos, muitos apartamentos, fizemos uma proposta, não nos aceitaram como inquilinos... aqui na Europa eles são muito precavidos... além de todas as garantias financeiras pedidas para que a gente possa alugar um apartamento, os donos podem dizer não pra gente, porque o contrato de trabalho ainda não fez aniversário de 6 meses.
Sim, e sem um lugar pra morar é que não vai chegar lá, né?!?!

Mas não tem conversa, e o jeito é continuar procurando.

E haja pernas e paciência... e o tempo está se esgotando.
Precisamos de um AP pra hoje!

Mas tá difícil.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Barcelona, 21st May 2008

Bem, como eu estou aqui em Barcelona sem muito o que fazer, resolvi tentar escrever as minhas memórias da viagem de final de ano, e também fazer um mini-guia de sobrevivência na Europa.

Primeiro de tudo: Segurança

Muita gente discorda de mim, mas para mim o Brasil está quase em guerra civil, os ladrões e traficantes de um lado, o resto da população amedrontada do outro.
Vai chegar o dia em que os amedrontados se revoltarão...

Ok, ok! O objetivo aqui é falar da Europa.

Aqui existem muitos, eu digo MUITOS larápios, como batedores de carteira e ladrõezinhos que fazem pequenos furtos.

Não venha para a Europa achando que é tudo muito seguro.

Mulheres, sempre mantenham suas bolsas com vocês, levem o ticket do metrô no bolso da frente da calça, pra não precisar abrir e fechar a bolsa toda hora, e correr o risco de deixá-la aberta.
Outra coisa, utilize bolsas com fecho!
Como no Brasil andamos muito de carro, e os ladrõezinhos mais mequetrefes te apontam uma arma ou uma faca, a gente pode usar bolsas que fecham apenas com um botãozinho, ou que ficam abertas.
Mas aqui, se você carrega a bolsa mais para as costas, em um vagão de metrô lotado, alguém pode colocar a mão dentro da sua bolsa e levar sua carteira, celular, ipod...

Sobre colocar a bolsa no espaldar da cadeira, ou ao seu lado no banco do Pub, ESQUEÇA! Eu tenho uma amiga que fazia 2 meses que estava em Londres, colocou a bolsa do lado, estava cuidando, mas entre um gole e outro da sua pint, sua bolsa desapareceu, com tudo dentro, inclusive seu passaporte.
Um transtorno que poderia ser evitado, se você não tirar a bolsa do colo, ou se ao menos colocar a alça dela no seu braço.

Homens, levem as carteiras nos bolsos da frente da calça!
Por mais justo que seja o bolso de trás, os ladrõezinhos são mão leve, e você nem sente que a carteira se foi... e uma vez no bolso da frente, tome cuidado quando esbarrarem em você, pois (isso vale para mulheres também) uma das táticas para levar os seus pertences é te distrair, derrubando alguma coisa em você, esbarrando, etc.
Nesse meio tempo, eles levam o que querem e você nem sente o que o atingiu e nem como aconteceu.

Nos meios de transporte para viagens maiores, também fique de olho em seus pertences, e durma com um olho aberto e outro fechado, e com a bunda ou a cabeça em cima dos pertences de valor. E nunca, mas NUNCA leve dinheiro dentro da mala!
Dinheiro deve estar sempre junto de você, de preferência nauquelas bolsinhas de colocar por baixo da roupa, dentro das calças.

Pelo menos nesse sentido é melhor ser roubado aqui. A gente nem vê, e nem sente.


Segundo: Expectativas

Todo brasileiro vem para a Europa achando que é outro mundo. Mentira!

Muitas coisas funcionam melhor por aqui, outras são exatamente iguais.

Não esqueça que fomos colonizados por eles, e por maior que tenha sido a mistura de culturas, temos muito em nós daqueles que foram para aí primeiro. Então, as semelhanças com o nosso povo são imensas.

Tá certo que a falta de banho é real em muitos lugares, e temos muita sorte de ter tido os nativos americanos que ensinaram que banho é bom, e continuamos achando isso.

Os Italianos, por exemplo, são muito parecidos com os sulistas e paulistas. Falam alto, acham que estão sempre com a razão, tem um trânsito caótico, são um tanto grossos e literais, briguentos e mal educados em relação às pessoas que estão ao seu lado.

Ainda não fiquei muito tempo na Espanha para falar dos espanhóis, e nem em outros países, pra falar do povo, mas acredito que Espanha e Portugal também tenham muito em comum com a nossa sociedade brasileira.

A frieza nórdica, que é o ideal europeu que temos na nossa mente, só existe no norte da Europa, onde as pessoas não são tão espalhafatosas, a não ser nas vestimentas, às vezes, e não se metem com as pessoas que estão ao lado.

O meu conhecimento da Inglaterra é maior em Londres, onde se encontra de tudo, e não se pode analisar o todo como uma só identidade cultural e comportamental.

Mas dos ingleses que conheci, a maioria é reservada. Eles são bem educados, polidos, mas não fazem questão de criar laços de amizade. A não ser que vocês virem companheiros de Pub, e após alguns pints, vocês virem amigos de infância.

Por falar em expectativas, eu odiei Paris, por exemplo.
Acho que eu tinha expectativas muito grandes, não com as pessoas, que realmente acham que todo mundo deveria falar francês.
Mas com a cidade mesmo.
A cidade é bonita, acho que um dia eu aprenderei a apreciá-la, mas a sujeira e o cheiro de mijo no metrô me atingiram de cheio.
A falta de glamour de passar o revéillon em Paris também.
Tá certo que a Veuvet Cliquot lá é mais barata, e o brinde a gente faz com uma das melhores champagnes do mundo, que a Champs Elisée iluminada é linda, e que as pessoas vão para lá todas de bom humor.
Porém, passadas as 12 badaladas, não tem nem um foguinho de artifício, começa a ter arrastão na Champs Elisée, as pessoas jogam as garrafas vazias para o ar e a volta para o hotel de metrô, é caótica!

Não achamos 1 táxi na rua, e vimos todos os tipos de mal encarados do mundo. Tentaram acender uma bombinha dentro do vagão, e na rua, passaram a mão na minha bunda.

Agora, quem é que nessas condições pode dizer que é maravilhoso e glamouroso passar o revéillon em Paris? Eu não.

Claro, que se a sua situação é passar a ceia de ano novo no hotel, com vista para a Torre Eiffel, sem ter que enfrentar o metrô, nem a falta de táxis, e tiver o seu carro alugado na garagem, aí a história é diferente, e eu pretendo repetir a dose dessa forma um dia.

Mas toda essa triste história é para mostrar que as expectativas exacerbadas acabam em frustrações...

Eu amei a Itália, amei o natal em Roma, mesmo com a fila imensa pra entrar no Vaticano, com os brasileiros tentando furar a fila, e com a fila lateral dos italianos.

Mas é tudo uma questão de expectativa e perspectiva. Eu sempre soube que os italianos não poderiam ser muito diferentes dos gaúchos, ou da minha família, e estávamos preparados para a escassez de táxis.

Só que em Paris, por mais que tenham dito que era perigoso em alguns lugares da cidade na hora da virada, nunca imaginei que a volta fosse ser do jeito que foi... e que não teria nem 1 taxizinho na rua.

Terceira dica: Antecipe todas as entradas que você puder comprar antes, principalmente se você estiver viajando em datas comemorativas e extremamente cheias de gente.

Ninguém nos avisou que poderíamos comprar as entradas para o Palácio de Versailles na estação de trem. Resultado? Ficamos 2 horas num frio de quase 0 grau, na rua, em uma fila que não acabava mais.
Pelo menos estávamos em 3 e tínhamos celulares, enquanto um comprava as entradas, os outros 2 foram para a fila da entrada. Sim, eram 2 filas!!!

Depois disso, não fizemos mais nada que tivesse fila para entrar, como a Catedral de Notre Dame e a Torre Eiffel (tá, estava nublado, não valeria a pena).

Então, se informe pela internet ou no hotel mesmo, se é possível comprar as entradas antes.

No Louvre, se você comprar com cartão de crédito, nas máquinas automáticas, você foge da fila para comprar as entradas, e ganha um tempinho para ver mais algumas obras.

Na Galleria degliUffizi em Florença, o hotel pode reservar as entradas para você, e te poupar da fila imensa.

No Vaticano, Deixe o museu para a parte da tarde, sem esquecer que no inverno eles fecham a entrada pelas 16h. Mas conseguimos ir ao museu, e não perdemos a manhã (que utilizamos para ver a Basílica) na fila que dava a volta no muro do Vaticano.

É claro que nem todos os lugares são mega superpovoados, mas sempre que possível, antecipe as entradas!

Assim que eu lembrar de mais algumas dicas, pode deixar que eu continuo o mini-guia.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

How to indulge yourself on a far away birthday!

Sim, aniversário na segunda-feira sucks!

Ainda mais com fuso horário.

Ok, estamos em um outro país, praticamente sozinhos... como fazer para celebrar?
Telefone, computador, internet, comida e bebida!

É ótimo não ter que trabalhar no aniversário, ainda mais sendo ele em uma segunda. Essa é a primeira parte do satisfazer seus desejos no dia do aniversário.

Segunda coisa: beber com seu namorido uma praticamente uma garrafa de vinho inteira no almoço, acompanhado de um belo Vazio e sobremesa com chocolate.

Terceira coisa: comprar a Vogue.
Isso é uma coisa que sempre me deixa feliz. Futilidade extrema elevada à vigésima potência, que eu ADOOOORO! (como muita gente sabe, eu queria viver dentro da revista... os melhores restaurantes, os melhores estilistas, desfiles, celebridades, enfim, o mundo vogue).
Ainda mais trocando as pernas ao entrar na Fnac, e pagar apenas €3,50 pela revistona.
Muito barato!

Quarta coisa: se autopresentear com uma inutilidade.
Me comprei um Moleskine de presente (se você não sabe o que é um Moleskine, google it! pq eu ainda to meio zonza do vinho, e não to a fim de explicar).
Para acompanhar o caderninho (pronto expliquei o que é o moleskine, droga!) me dei um lápis de desenho chamado Van Gogh... que eu pretendia usar para desenhar pela cidade, mas acabei de ver que a ponta do bendito lápis QUEBROU na sacolinha, e que eu não tenho um apontador!
(lá vou eu perguntar em Inglês na recepção do hotel se eles tem um apontador pra me emprestar... mico).

Quinta coisa: se dirigir à franquia da Pronovias no El Corte Inglés para provar vestidos de noiva.
Como eu imaginava, a gente tem que marcar uma hora, e dizer que modelos você gostaria de provar, que eles providenciam para você... não deu pra ser hoje, mas eu pude ver os preços, e não achei tão assustadores quanto o do vestido da vitrine... vou ter que voltar lá com o modelo que eu quero, pra marcar a hora.

Sexta coisa: ir ao supermercado, ver todas as prateleiras e sair de lá só com um chocolatinho que você pegou na frente do caixa.

Sétima coisa: beber a Freixenet rótulo verde que você ADORA, e que está desde sábado gelando no frigobar do Apart Hotel. (mas isso eu só vou fazer depois que o Rômulo chegar em casa, senão ia ser muito alcoólatra fazer isso sozinha).

Oitava: comer muito! Porque a gente sempre faz isso em aniversários, e não fica culpado depois.

Outros ítens poderão ser adiucionados no decorrer do período, porque já passou das 18h aqui, mas o dia ainda não acabou.


ADENDO:

- Comer torta de tiramisu com cerejas frescas e a Freixenet citada acima... delícia!

domingo, 18 de maio de 2008

Parabéns para mim!

Para quem não sabe, nesta segunda, 19 de maio, é meu aniversário.

Não ando lá muito contente de ter que trocar de idade para um ano a mais, mas eu sempre adorei os dias de aniversário... o dia todo gira em torno de mim, e é muito legal receber os abraços e telefonemas.

Só que essa é a primeira vez que eu passo o meu aniversário longe de casa!

Minha mãe está de coração partido... e andava muito preocupada que eu poderia passar o dia sozinha, caso tivesse ficado em Londres. E essa foi a mesma preocupação da Luísa... o que eu achei muito engraçado.

Então, como eu estou longe, se alguém quiser me dar um presente... assim, quiser muito, pode depositar o presente no Itaú, que eu prometo fazer uma viagem bem legal com ele, e contar tudo aqui no blog!

hahahahahahaha

Mas telefonemas, comentários e e-mails serão MUITO bem vindos!

Barcelona, 18th may 2008

E hoje faz uma semana que eu cheguei em Barcelona.

Ainda não encontramos o apartamento perfeito, mas temos um em vista, embora eu queira procurar mais um pouco.

Estou começando a me achar sozinha na cidade, o que é uma coisa ótima!
Sexta-feira por exemplo fui caminhando do Hotel até o centro da cidade, sozinha.
E nem me perdi nem nada!
Claro que eu tinha um mapa comigo.

Na quarta-feira o amigo do Rômulo que mora em Londres veio pra cá a trabalho, e a noite fomos com o amigo que mora aqui também em uma champanharia na Barceloneta.
O lugar é meio folclórico e pitoresco.
Parece uma bodega daquelas gaudérias do interior... bem antiga, com portas pesadas de madeira, um corredor estreito, um balcão que tem toda a extensão do lugar, e peças de Jamón e Costelinha de porco defumadas penduradas pelo teto.

Mas a Cava lá é barata, e o sanduíche que acompanha também. O lugar é famoso e tradicional aqui, pelo que parce, e tem tanta gente aglomerada, que para pedir, comer e beber a gente tem que esperar vagar uma brechinha de espaço, pois não se pode comer nem beber com os pés para fora do lugar. É proibido.

O atendimento é um outro a parte. O tiozinho que nos atendeu era de uma grossura sem tamanho! Só faltou bater nos guris. Tudo o que a gente pedia era da forma "errada", ele tinha um mau humor do cão, e ninguém nos avisou que para comprar bebidas a gente tem que comprar comida junto.
O horário de fechar o bar é as 22:30, mas às 22h eles fecham um lado da porta, e já param de servir qualquer coisa. Tentamos pedir mais uma Cava quando a mulher do amigo daqui chegou, mas o tiozinho queriiiiido, nos fuzilou com o olhar e disse que não tinha mais.

Enfim, fomos então dar uma volta na praia a noite, no primeiro dia que ficamos na rua até tarde aqui.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Coisas de Português

O bom de se estar em um país de língua hispânica, é que a maior parte dos produtos vendidos nos supermercados vem com as embalagens bilíngues, em Espanhol e Português.
(Tá certo que e o produto for daqui ele vem em Castellano e Catalão... mas não to contando esses).

Bem, cheguei em Barcelona e o Rômulo já tinha comprado um dos itens essenciais na minha dieta diária: Cereais.
Agora eu ando viciada no Special K, que tem aqui também.

Bem, mas como eu ia dizendo, o português das embalagens daqui é de Portugal, claro.

E descobri uma coisa muito curiosa, como se chama o desjejum português.

Café da manhã (BR) = Pequeno almoço (PT).

Só assim para aprender um pouco mais sobre a língua luzitana.

sábado, 10 de maio de 2008

Barcelona, 10th May 2008

Que divertido!!!
Tá dando jogo do Grêmio na TV!!!
E por enquanto, ele tá ganhando do São Paulo.
Isso a gente não vê na Inglaterra!

PS: Chove torrencialmente em Barcelona.
PS2: Em Londres, continua aquele sol de rachar e bastante calor.

São Pedro, por quê?!?

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Here comes the sun!


Bem, desde segunda-feira o tempo aqui tem andado bem bom!

Pena que o Rômulo não está aqui pra aproveitar comigo... pra quem não sabe, ele está trabalhando em outra cidade, ou melhor, em outro País!

Eu fiquei, pra esperar uma resposta sobre um trabalho, mas que já estou perdendo a fé.

Ok, vamos ao diário, porque mesmo sozinha essa última semana, eu até que aproveitei a cidade.

Segunda - 5 de maio
Essa segunda aqui foi o feriado de 1o de maio, isso, porque os Ingleses passam todos os feriados para a segunda, para as pessoas poderem aproveitar o final de semana prolongado.

O dia estava bonito, depois de um domingo bem chuvoso, e a Marilise minha amiga estava indo a Richmond encontrar uma amiga, e resolvi me juntar a ela, já que ainda não conhecia essa parte da cidade.

Fomos aproveitar o sol à beira do Tâmisa, como várias outras pessoas também fizeram.
Aqui, quando o sol aparece, e a temperatura sobe um pouquinho, todo mundo sai para a rua, para aproveitar a raridade de um belo dia, e colocar as pernas e os braços de fora.

Ficamos próximos a uma ponte, olhando as pessoas, conversando e admirando a bonita paisagem.

O bairro é bem interessante, um daqueles bairros onde tem mais londrinos do que imigrantes, e onde o pessoal tem um poder aquisitivo maior.
Parece uma cidade do interior dentro de Londres. Adorei.
Agora quero voltar lá para conhecer o Jardim Botânico, que do ônibus me pareceu imenso, e o famoso parque de Richmond, que dizem ser lindo, e que está na minha lista ali abaixo.




Terça - 6 de maio
Céu azul, NENHUMA nuvem no céu.
Milagres acontecem na primavera Londrina.
Para aproveitar o dia, fui a South Kensington, ver o pedaço que ainda não havia visitado do V&A.
Amei! O museu que eu já achava lindo, revelou uma coleção maravilhosa, onde tem inclusive 2 réplicas da Coluna de Trajano.
Conheci o café dentro do museu, que é tão lindo quanto o jardim.

Quando eu cansei de andar no museu, e decidi deixar um pedacinho para a próxima vez, para ter um motivo para voltar lá, além da beleza do lugar, fui em direção ao Hyde Park, para aproveitar o dia lindo, o sol e o calor que estava fazendo.
Sim, CALOR!

Minha intenção era chegar a Notting Hill, para percorrer as lojinhas de antiguidades da Portobelo Road, mas acabei indo para o outro lado do parque, percorrendo uma parte que eu ainda não conhecia, e quando me dei conta, estava muito, muito longe de onde eu queria, e já estava caminhando no parque faziam quase 2h.

Como minhas pernas não respondiam mais ao meu comando, resolvi voltar para casa e descansar um pouco.



Quarta - 7 de maio
Segundo dia consecutivo de céu sem nuvens e calor.
Resolvi passear no Regent's Park, que eu achei lindo no verão passado, e não havia mais voltado.
Fui brincar de tirar fotos, e me diverti muito.
Uma pena que o Queen's Garden, o jardim de rosas, ainda não estava florido, mas o parque já está verdinho, e valendo muito a pena a visita.
Perdi a conta de quantas pessoas estavam fazendo pique-niques e quantas mães com seus bebês estavam aproveitando o dia lá.

Como eu me decepcionei um pouco com a falta de flores no meu jardim preferido, fui caminhar, pensando em chegar onde queria ter ido ontem.

Bem, caminhei a Baker Street inteira, até chegar na Oxford Street.
E fui indo em direção a Notting Hill. Passeei pelas ruas de Marylebone, na esperança de dar de cara com a Madonna a qualquer momento.
Fui indo, até chegar ao Hyde Park de novo.
Cheguei perto de onde eu queria, mas já havia caminhado muitas, muitas léguas, e me cansei.
Fora que já eram 5h, e as lojas estariam fechadas quando eu chegasse lá.
Ficou para uma próxima vez.

E nada ainda de uma resposta sobre o emprego.

Quinta - 8 de maio
Bem, nesse dia eu resolvi descansar, arrumar meu apartamento, afazeres domésticos, arrumar a mala, e assistir TV.
Continua o sol e o calor, mas agora já tem algumas poucas nuvens no céu.
Eu esqueci de contar, que estão gravando um programa de TV ao vivo, todos os dias dessa semana aqui do lado de casa, e que estão construindo uma casa ecológica aqui na frente do Excel Centre por causa disso.
Bem divertido ir ali acompanhar o desenvolvimento da casa. Ela será construída em uma semana, e amanhã estará pronta.

Sexta - 9 de maio
Bem, hoje foi o dia de arrumar as coisas para viajar amanhã para ver o Rômulo, porque os dois estão cansados de ficar sozinhos em cidades diferentes.
Sábado vou encontrar com ele.
O calor continua, o sol está mais acanhado, pois tem nuvens no céu. A previsão era de chuva, mas o dia acabou abrindo pelo meio dia.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

May Day, 2009













Hoje não foi feriado aqui, pois o primeiro de maio será comemorado na segunda-feira, dia 05.
Isso, porque o governo Inglês que não é bobo, coloca todos os feriados na segunda-feira, para evitar as famosas "pontes" que os Brasileiros tão bem conhecem.

Mas como para o Rômulo era feriado, resolvemos diminuir um pouco mais a nossa lista de lugar para ir e coisas a fazer em Londres, e fomos passear.

Bem, a idéia era ir à Torre de Londres, porque eu não posso ir embora antes de entrar lá.
Mas acabamos optando a terminar de conhecer o que nos interessava no British Museum, por causa da chuva.

Vimos as múmias egípcias, o parte dos índios norte americanos e dos Aztecas mexicanos, os relógios antigos, uma exposição de gravuras americanas, que incluíam Pollock (que eu adoro).
Vimos artefatos arqueológicos da idade média na Europa, incluindo os Romanos na Inglaterra, entre outras coisas mais.

É muita coisa junta, é muita antiguidade e cadáveres pra um dia só.

Chega um momento, depois de uns 20 minutos, que a gente já cansou de ver o museu.

Vimos jóias lindas, desde a era medieval até coisas atuais, dos anos 50 e 60, na parte da Europa.

Acho que conseguimos ver tudo o que queríamos no British, e que uma nova visita só será feita daqui a alguns anos... quando a gente não lembrar mais do que viu lá.

Uma coisa que eu acho muito legal aqui, são famílias com crianças que vão ao museu, mostrar para os filhos como era a vida antigamente.
Eu acho isso o máximo, assim como eu acho o máximo as aulas de arte para as crianças na National Gallery, em frente a um Monet.

Depois do British tentamos ir ao Sir Sloane's Museum, mas ele já estava fechando. Aproveitamos para passear no jardim que tem na frente dele, o Lincoln's Inn.

E como estávamos passeando mesmo, demos uma volta pelas redondezas, e aconteceu uma coisa bem surrealista e muito inglesa!

Eu resolvi tirar uma foto da placa que dizia o nome da Portugal Street, e quando eu estava preparando a câmera, um senhor passou entre eu e a placa e pediu desculpas (coisa muito comum por aqui), eu sorri pra ele, como quem diz - sem problemas, e ele vira de volta e pergunta se eu era portuguesa.
Respondo que não, mas que meu namorado é, e aponto para a rua do lado, onde o Rômulo me esperava, porque ele se negou a tirar a foto ao lado da placa.
Então, o senhor que parecia um clone do Woody Allen, com aquela carequinha idêntica, e um tique nervoso de ficar pegando nos cabelos do lado e puxando e ajeitando, me explicou que aquela rua tinha esse nome, pois no século XVII ali ficava a Embaixada Portuguesa, assim como na rua de trás ficava a Embaixada da Sardenha que também deu nome à rua.
E ele continuou uma mini aula de história, me dizendo que em Londres os nomes das ruas sempre tem um por quê.
E então, ele me explicou que hoje a Embaixada Portuguesa fica em um outro prédio do século XVII, onde naquela época era a Embaixada da Bavária. E que, como era costume, as Embaixadas possuíam Capelas, onde o povo local podia ir rezar, e que se eu fosse na da Embaixada Portuguesa hoje, eu poderia ver atrás do altar o Brasão de Armas do Reino da Bavária, na Capela da Embaixada Portuguesa.

Tudo muito interessante... mas que foi muito sui generis também.

Acho que em nenhum outro lugar do mundo uma pessoa da localidade pararia na rua para explicar a um estranho tirando fotos, a razão daquela placa existir, e ainda ir um pouco mais além.
Nem na Itália, onde eles são muito orgulhosos de sua história isso acontece... até porque, os italianos são tão grossos quanto o nosso povo.

Foi um dia bem legal, e que tem algumas fotos para relembrar.