sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Escócia - 16 a 26/09/2008

Edinburgh by night

Para variar eu me ocupei demais em passear, caminhar, ver lojinhas e não sobrou muito tempo nem vontade para escrever aqui.

Então, segue um resumão desses 10 dias muito bacanas no país do kilt.

Primeiro de tudo: A Escócia é VERDE! Sim, a cor que mais se na paisagem é o verde, e é lindo!

Livingston - Assim que os meninos me buscaram no aeroporto fomos diretamente para o Hotel em Livingston, pois era bem tarde, e eles tinham que trabalhar no outro dia.
Meu primeiro dia na Escócia foi de descanso. Passei a manhã no Hotel me recuperando dos dias de turismo com a Amanda em Barcelona, depois fui procurar um lugar para sacar dinheiro.
Bem, na verdade o Hotel ficava no meio do caminho entre Bathgate e Livingston, o que não dava muitas alternativas de coisas para fazer.
E eu precisava de dinheiro (Libras) para poder pegar ao menos um ônubus que me tirasse do meio do verde, das ovelinhas pintadas de vermelho e da rodovia.
Na primeira tentativa caminhei muito! Fui para o lado errado 2 vezes, e não encontrei o supermercado Tesco (ai que saudades!!!) que havia ali por perto, mas encontrei um belo parque e as ruínas de uma Igrejinha ao lado de um cemitério... bem bonitos.
Voltei para o hotel, dei um tempo, descansei... e me aventurei novamente até o supermercado, após ter verificado onde ele realmente ficava.

A noite, fomos jantar em um restaurante Italiano bem bonzinho, e depois fomos dar uma volta em Edinburgh à noite.

Os outros 2 dias foram mais ou menos assim... na quinta fiquei passeando nas lojinhas do centro de Livingston, onde tem uns 3 Shopping Centres, incluindo um com Outlets de marcas famosas, e a noite fomos a Edinburgh novamente, encontrar o Chefe dos guris para uns drinks. O que não contávamos foi com a esticada até um restaurante Italiano em Edinburgh. Muito bom, onde provamos muitos vinhos ótimos!

Na sexta-feira me despedi dos shoppings de Livingston com algumas comprinhas básicas (e pequenas, pois levei uma mochila!), pois como trocaríamos de hotel, tivemos que fazer o check-out pela manhã.
A noite, fomos para um novo Hotel, em Hamilton (outra cidade construída após a 2ª guerra).

Rumo às Highlands - No sábado pela manhã fomos a Edinburgh buscar um amigo do Rômulo que resolveu fazer a viagem até Inverness com a gente.
O plano era ir e voltar no sábado, mas os colegas de trabalho do Rômulo, nativos do País, nos demoveram da idéia.
Saímos de Edinburgh pelas 10h da manhã.
Pouco depois do meio dia, paramos em Stirling cidade onde aconteceram importantes batalhas pela liberação da Escócia pelo domínio Inglês. Foi em Stirling que o William Wallace (mais conhecido como Braveheart) teve sua vitória - ele ganhou um monumento em tributo à sua proeza, no mesmo local onde occoreu a batalha, e onde está guardada a Espada dele - e onde Robert the Bruce reconquistou a soberania Escocesa após alguns anos.
Ah! A vitória do Wallace durou apenas 1 ano.
Com essa vitória, o Bruce mandou destruír o Castelo de Stirling, que era o motivo de tantas disputas, pois quem o dominasse, dominava o Reino, por sua localização central e privilegiada.

Stiling Castle

Mas depois que o Bruce faleceu, os outros reis recomeçaram a reconstruir o Castelo, e a dinastia dos Stuart foi a que mais contribuiu para sua reconstrução. Mary Stuart foi coroada na Capela do Castelo com apenas 9 meses, assim como um dos últimos grandes eventos do Castelo foi o Batizado de seu Filho, James VI - que depois da morte da Elisabeth I se tornoi James I, unificando por fim os Reinos de Inglaterra e Escócia.

Após a visita ao castelo, e o almoço no restaurante do mesmo, rumamos para o norte, pois ainda teríamos muito o que ver.

No meio da viagem paramos para admirar a beleza do Loch Lubnaig, com o pouco de sol que de vez em quando aparecia por entre as nuvens. O Lago é tão lindo, que agora o meu sonho de consumo é ter uma casinha na beira desse lago.

Loch Lubnaig

Subindo mais um pouco pelas Highlands, nos deparamos com uma paisagem deslumbrante - em Glencoe - como fizeram muitos outros turistas, paramos ali para tirar fotos e apreciar a paisagem.
Sabem aqueles desenhos que a gente fazia quando criança? (ao menos eu fazia!) Com montanhas e um riozinho saindo do meio? Bem, é isso o que vimos!

Glencoe

Como a fome bateu, e o lugar era bonito, paramos em Fort Augustus, a primeira cidadezinha à beira do Loch Ness, na ponta bem debaixo do Lago, de onde saem muitos cruzeiros pelo Lago.
Ali, a paisagem também é muito bonita, e as casinhas iluminadas pelo tímido sol que saiu por detrás das nuvens carregadas ficaram mais bonitas ainda.

Casinha-Restaurante Iluminada em Fort Augustus

Continuamos subindo, mas não a tempo de pegar o Urquhart Castle, na beira do Loch Ness, aberto. Admiramos a beleza do lado de fora, tiramos algumas fotos, e ficamos de voltar no outro dia.

Finalmente chegamos em Inverness. Uma cidade bonitinha, mas sem muitos atrativos. Igrejas e prédios antigos no centro, um Castelo na beira do Rio Ness, e muitos hotéis e restaurantes na beira do Rio também.

Conseguimos um hotel por um valor acessível na beira do Rio Ness, o Hotel Glen Mhor foi fundado no início do século passado, e o nosso quarto era bem típico de hotéis ingleses, coisa que nunca havíamos ficado antes.
(Os outros hotéis da viagem foram todos Holiday Inn Express)
Jantamos Pizzas, caminhamos um pouquinho pelo centro e fomos dormir, pois estávamos bem cansados!
Acordamos cedo no outro dia para aproveitar um pouquinho a beira do Rio, tirar umas fotos - que a pesar do sol que resolveu aparecer, não ficaram como eu queria, pois tinha muito sol por detrás do Castelo, e a única foto que ficou boa, foi da parte de trás do mesmo. Uma pena!

Inverness Castle


Finalmente começamos a nossa jornada de volta!

Paramos no Urquhart Castle, na verdade no que restou dele, pois foi outro Castelo que acabou sendo destruído com as guerras.
Mesmo assim, é muito legal andar por um lugar que era praticamente uma cidade medieval, poder subir e descer escadas onde outras pessoas passaram centenas de anos.
Para quem adora história, como eu, é simplesmente tão famtástico quanto caminhar pela Roma Antiga... sendo que em Roma a sensação é ainda mais forte, porque são mais de 2 mil anos de história.

Unquhart Castle

Continuando a travessia, voltamos por uma estrada diferente, e passamos por Oban, onde almoçamos.
Oban é uma cidadezinha bem pequena, portuária, que não tem muitos atrativos, além de um anfiteatro estilo Romano no alto de uma colina.

Oban

Continuando a travessia e volta, resolvemos aproveitar o nosso Explorer Pass - uma entrada que direito a entrar muitos castelos por um determinado número de dias, e fomos ver o Dunstaffnage Castle, onde também tem as ruínas de uma Igreja da mesma idade do Castelo.

Dunstaffnage Castle

Como fizemos um caminho diferente, passamos por dentro de Glasgow, de carro, para pegar a estrada de volta a Edinburgh. Como a única coisa que vi de Glasgow foi o subúrbio e um pedacinho dele apenas, posso dizer que voltaria para conhecer melhor a cidade. O subúrbio de Glasgow me pareceu bem simpático.

Terminamos o longo dia de volta ao hotel em Hamilton, de onde saíriamo na segunda-feira, para fazer o check-in no último hotel da viagem, em Edinburgh.

Edinburgh - deveria ser um post a parte, pois fiquei 4 dias passeando por . Uma pena que praticamente o tempo todo sozinha, pois o Rômulo tinha que trabalhar, certo?

Na segunda-feira, 22/09, início do outono que tinha começado desde que chegamos à Escócia, fui com o Rômulo até Livingston e consegui encontrar sozinha um ônubus que fosse para Edinburgh.

Nesse dia, caminhei toda a Princes Street, vi todas as lojas da avenida, almocei no Pret a Manger, para matar as saudades das sopinhas companheiras do ano passado, fiquei ali, confortávelmente relendo meu livro do Harry Potter, na cidade que inspirou muitas coisas do mundo do bruxinho.
Caminhei um pouco pela George Street, e fomos jantar em um lugar muito americano: TGI Friday's.

Terça-feira foi o dia de aproveitar o Explorer Pass, e fui fazer turismo no Castelo de Edinburgh. Lindo! O prédio mais antigo que restou da destruição ordenada pelo Robert the Bruce (sim, o homem mandou destruir tudo) foi a Capela de Santa Margareth, com data do século 12.
A Santa foi uma rainha da Escócia... acho que foi por isso que o prédio foi poupado. Segundo o guia do Castelo, esse é um dos prédios inteiros mais antigos do País, senão O mais antigo.


Edinburgh Castle

Mas outra coisa legal desse dia turístico, foi caminhar pela Royal Mile, uma avenida que começa na entrada do Catelo e termina embaixo do morro, onde fica o Palácio de Holyroodhouse, que é a residência oficial escocesa da Rainha Elisabeth II.

Na quarta-feira eu fui dar um passeio sozinha pela cidade, antes de pegar o trem para Livington para jantarmos juntos, e acabei me perdendo!
Fui caminhar na Old Town, e me perdi pelas ruas ao redor do Castelo. Foi muito interessante e legal, pois assim encontrei o famoso Elephant House Café, que ficou conhecido por ser o lugar onde J.K. Rowling se sentava na salinha com vista para o Castelo a escrever os primeiros livros do Harry Potter, quando sobrevivia com a filha, após seu divórcio, sustentada pelo governo.

Depois, fui meio cedo para Linvingston, e tive que ficar esperando os guris sairem do trabalho (eles sairam cedo, ainda bem) no frio e na chuva, sentadinha em uma parada de ônibus, pois não tinha absolutamente NADA perto da estação de trem, a não ser um posto de gasolina e um supermercado... e nenhum com lugar para sentar e esperar...

Quinta-feira era meu último dia de passeio pela cidade, e eu caminhei muito!
Primeiro, fui ao Calton Hill para tirar umas fotos. É um morro do outro lado do morro onde tem o Castelo, com uma vista panorâmica da cidade, muito bonita. Pena que a hora que eu fui estava nublado!
No Calton Hill tem as ruínas de um Partenon que eles começaram a construir e que desistiram por falta de verbas, e mais uns 2 monumentos que assim de cabeça eu não me lembro a quem homenagearam.

Almocei sentadinha no parque, onde o sol começava a aparecer, bem tímido. Fui visitar a Natinonal Gallery Escocesa, onde vi obras de pintores que eu nunca tinha ouvido falar, a não ser uma pintura e escultura do Degás.

Caminhei toda a Princes Street, passando pela St. John Church, para ir novamente no lugar onde havia me perdido ontem, por trás do Castelo.
Mas aconteceu uma coisa muito curiosa... entrei na rua errada, e é óbvio que sem olhar o mapa, eu me PERDI DE NOVO!!!
A pesar de ter caminhado muito, e não ter conseguido voltar na loja de lãs que eu queria ter comprado para recomeçar a tricotar, encontrei uma escola que parecia um Castelo, tipo Hogwarts... mas um pouco menor... que fiquei meio com medinho de tirar fotos, pois era hora das crianças sairem do colégio, e algum pai ou mãe poderia invocar comigo...
, segui o fluxo de pais e mães com suas crianças, e fui parar em um parque!
Um parque onde eu tirei o mapa da bolsa e não conseguia me achar!
Resolvi seguir de volta para a rua por onde havia vindo, mas pelo outro lado... e me deparei com uma praça, cheia de estudantes, pois os prédios da universidade eram todos por ali.
Até que uma hora saí em uma rua movimentada, e me achei na cidade.

Voltei até a Royal Mile, para ver o Palácio de Holyroodhouse. Desci toda a rua, e me deparo com um palácio cheio de muros! E na hora de fechar. Se bem que eu não iria entrar mesmo, com a fortuna que eles cobram pelo ingresso.
Enfim, tirei algumas fotos, e fui por um novo caminho de volta ao centro e à New Town, para esperar o Rômulo.

Caminhei outro tanto, mas enfim cheguei ao local marcado, e me sentei no Café Nero para saborear o melhor chocolate quente do Reino Unido, ler meu livro, descansar minhas pernas e esperar.

Jantamos pela New Town mesmo, um jantar típico, em um Pub. Mas depois, no nosso passeio pela Old Town, nos arrependemos um pouco, pois a vida é bem mais movimentada daquele lado da cidade, que é onde os jovens se escondem.

Tiramos fotos na entrada do Castelo e na Royal Mile a noite, mostrei para o Rômulo os becos de onde a J.K. Rowling tirou inspiração para escrever o "Beco Diagonal", aproveitamos os últimos momentos na cidade e fomos para o hotel arrumar as coisas para o check out no outro dia.

Sexta-feira fomos para Livingston de novo, onde fiquei no centro (os Shopping Centres são o centro da cidade) esperando o Rômulo vir me buscar para seguirmos para o Aeroporto, e voltarmos para casa.

Viajar é muito bom, mas depois de 10 dias em hotéis e comendo fora, tudo o que a gente quer é voltar para a casa da gente!

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