domingo, 6 de julho de 2008

Barcelona, 5 de Julho de 2008.

Acho que esse blog tinha que mudar de nome, agora que não moramos mais em Londres, mas isso ia ser um trabalhão, para todo mundo que tem o diário guardado como favorito, que tem link em seus blogs, etc.

Então, vai continuar sendo diário londrino, mas com a gente morando em Barcelona, ok?

Hoje a gente passou o dia todo em casa, após termos sido acordados pelo colocador do vidro do Box - finalmente vamos poder tomar banho sem molhar o banheiro todo!

Mas o que interessa hoje mesmo foi a nossa noite!

Então, a noite nós fomos para o Montjüic de Nit, uma festa que a gente acha que faz parte do Grec’08 (uma espécie de Festival de Verão que acontece todos os anos em Barcelona, com apresentações de Teatro, Música, Dança, Exposições, etc.), onde TUDO o que tem de cultural para se fazer no Montjüic fica aberto em horário especial, a noite, e de graça!
Começando às 20h e indo até as 3h da manhã.
Dependendo do local, a função terminava antes das 3, mas mesmo assim eram muitas as atividades, e tivemos que eleger algumas para ver.
Não conseguimos ir ao Jardim Botânico contemplar as estrelas, por exemplo, mas fizemos muitas outras coisas beeeem legais, que conto abaixo!

Bem, começamos pelo começo, e fomos ao Palácio do Montjüic, mais conhecido por MNAC – Museu Nacional d’Art de Catalunya, que só havíamos visto de fora, e resolvemos entrar, já que não tinha que pagar mesmo... e, para minha surpresa, de pessoa meio disinformada (sim, pq quando fomos nos “empadronar” essa semana, e eu peguei uma revista sobre o Grec’08, o Rômulo nem sabia o que era o Festival... mas foi ele quem descobriu a Noite Mágica do Montjüic hoje) a mesma exposição que a Luísa e o Marco viram em Londres, no TATE Modern, está aqui, no MNAC:
Duchamp, Man Ray e Picabia, de graça hoje à noite (a Lu ia querer me matar se eu não tivesse ido).
Começamos a exposição pelo final, e aí, quando estávamos esperando a muvuca baixar na frente da Gioconda de bigode, eu olho para o lado e vejo uma menina que me lembrou a Luísa... e aí, eu continuo olhando, e me dou conta de que conheço ela!
E não é que eu conhecia mesmo? Era a Ione, que se formou comigo em PP na PUCRS.
Muito engraçado isso, de encontrar colegas de faculdade nas cidades que eu vou morar, assim, uma semana depois de ter me mudado...

A gente até combinou de se encontrar de novo, para aproveitar o resto da noite, com as outras inúmeras atrações, mas cada um foi para um lado do museu, e infelizmente não nos encontramos mais.

Ok, vimos a exposição, onde eu vi que teria me arrependido de ter pago para ir em Londres... porque eu sinceramente não achei nada de mais.
Ainda bem que nem todo mundo gosta das mesmas coisas, senão o mundo seria todo igual, mas eu prefiro os Impressionistas e Renascentistas do que os Dadaístas... simples assim.

Depois de vermos a exposição, demos uma volta pelo Palácio, que é muito bonito por dentro, e tem uma lojinha de museu que não fica devendo em nada aos de Londres.
Me encantei com um Moleskine do Museu Van Gogh, que o Rômulo disse que era para eu comprar no Museu Van Gogh, quando formos a Amsterdam, e acho que ele tem razão!
Saímos do museu para vermos o Show das Águas Dançantes, nas fontes do Monjüic. Achei que no dia de Reis estava mais bonito, porque as fontes das laterais da Av. Reina Izabel também estavam ligadas, mas mesmo assim, é muito legal ver as águas dançarem ao som de músicas clássicas (algumas de filmes) toda iluminada!

Quando cansamos de ficar ali olhando (o espetáculo durava umas 2h), fomos ao Estádio Olímpico, que ainda não havíamos visitado. Estava tendo um Show meio chato lá, e olhamos a parte interna do Estádio por um portão, e resolvemos ir ao Poble Espanyol, onde teria uma apresentação de Homens Chineses, e depois seria aberto um Dancing na praça central.
Como a gente gosta muito do Poble, resolvemos ir, já que era uma oportunidade de entrar lá sem ter que pagar ingresso.
Estava super cheio, com os restaurantes lotados, o pessoal se divertindo, e esperando a festa começar. Mas não conseguimos encontrar a apresentação dos Chineses.
Encontramos sim um casamento, mas não nos deixaram ser penetras na festa!

Como nos entediamos rápido, e não estávamos com vontade de esperar pela festa, que ia demorar ainda 1h para começar (a festa começava a meia noite), resolvemos ver qual era a da Rumba no fosso do Castelo (sim, no morro tem o Palácio que virou museu, e um Castelo medieval do outro lado).

Pegamos o ônibus, que também era de graça, e rumamos ao Castelo. A rumba estava bombando, mas era um palco, com um show, e todo mundo sentadinho na grama assistindo. Eu pensava que ia ser uma coisa tipo uma festa mesmo, com as pessoas dançando Rumba... ledo engano.
E como não dava nem para aproveitar a vista do Castelo, porque baixou uma neblina forte em Barcelona essa noite, resolvemos ir a outro lugar que queríamos conhecer sem pagar: o Espaço Miró.

Sim, eu também não curto muito o Miró, assim como gosto de Dalí e do Gaudi, e esta era uma ótima oportunidade de ver o museu. Pegamos o ônibus de novo, e rumamos para lá.
Porém, havia uma fila IMENSA para entrar no museu. E como a gente nem gosta tanto assim de museus e de Miró, resolvemos ir para outro lugar que queríamos muito conhecer, o Teatre Grec.

Para chegar ao Teatro, que fica atrás do museu, fomos por um Jardim LINDO, que não me recordo o nome agora, e onde quero voltar durante o dia, pois é muito bonito.
Finalmente conseguimos entrar no Teatro, que é simplesmente tão lindo quanto o Jardim esse... na verdade parece uma continuação, e tem uma entrada para o Teatro pelo Jardim, mas que estava fechada essa noite.
Havia tipo um lounge no jardim que é o Foyer do teatro, com tendas vendendo comidas e bebidas (uma da Coca-Cola, outra da Nescafé, e uma terceira da cerveja San Miguel), com mesinhas e cadeiras para o pessoal relaxar.
A banda que estava se apresentando tinha um som bem legal, que se ouvia por todo o Jardim, e que tentamos assistir no Teatro, mas estava tão cheio, que mal enxergávamos o palco por trás das pessoas que se aglomeravam em pé atrás da arquibancada. (Nota: o teatro é bem estilo grego. Explicando para quem não conhece: é tipo uma arena, a céu aberto, onde os “bancos” e o palco são de pedra).
Ali no Teatro tem um restaurante, com mesinhas ao ar live, muito bonito e com um astral muito legal, onde a gente já decidiu que vai aproveitar para a próxima comemoração que tivermos.

A esse ponto, já era mais de 1h da manhã, e estávamos bem cansados, de toda a caminhada que fizemos, desde as 8h da noite, quando saímos de casa.
E como a festa ia ainda até as 3h, resolvemos dar a noite por encerrada, e rumamos um longo caminho ainda, até o metrô.

Ah, esqueci de comentar sobre as pessoas que freqüentam essa noite no Montjüic, que tem todo ano!
Tem muitos turistas, principalmente Americanos e Brasileiros, mas tem também muitos Catalães. Famílias com bebês, idosos, gurizada, grupos de amigos, turistas ou não, todos aproveitam essa noite mágica, onde se tem muito para fazer e aproveitar com o calor.

E até São Pedro foi bacana e só mandou a chuva, que se aproximava cada vez mais, após a festa acabar.

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi filha!
Deve ter sido lindo o passeio.
Mas, cade as fotos?
Não tem fotos de Barcelona?
Beijos
Mamãe

Juliana disse...

Não tem fotos porque não tem internet direito!
Assim que tiver, colocamos fotos.

Ah, e ontem a noite eu esqueci a câmera... :(

Anônimo disse...

ok, demorei para comentar:
1 - que ótima a virada cultural de barcelona! nunca fui nos museus que ficam abertos durante a virada daqui, mas não rolam exposições tão imperdíveis assim nessa data;
2 - a exposição do Duchamp é um clássico! ninguém inventou nada realmente novo depois disso no que chamam de "arte contemporânea" ou "pós-moderna". te empresto meu livrinho do Octavio Paz outra hora. era de graça só nesse dia?
3 - águas dançantes tem no ibirapuera tb! e é um espetáculo bem bonito. só que não é só música clássica, tem rock paulistano tb.
bjos

Anônimo disse...

adorei isso! quero ir praí :)