Não que eu seja uma exímia dona de casa, mas to aprendendo a me defender com o ferro de passar roupas, mesmo com a tábua de passar estando quebrada, e a máquina de lavar roupas, o fogão e a banheira (porque aqui não tem tanque) somos velhos conhecidos.
Agora eu posso até pesquisar receitas.
Ok, mas esta quarta-feira foi marcada mesmo por uma entrevista que eu fiz, além da massinha do Scooby-doo que comemos a noite.
Me ligaram pelas 11h da manhã, sobre um curriculo que eu havia enviado no dia anterior.
Era para trabalhar em uma loja de sapatos em Camden Town - que é o bairro do comércio e das pesoas alternativas que residem e passam por aqui.
Até aí tudo bem, porque não tenho medo de gente esquisita... só que ao passar pela frente da loja me deu vontade de dar meia volta e sair correndo de volta pra casa!
Mas como eu já estava ali, fui em frente e segui com o propósito de fazer a tal entrevista.
Entrei na loja e fui atingida por muitos decibéis de música alta. Parecia uma boate bombando na música ruim... Então, me deparo com 3 opções: 1 - ficar parada no corredorzão de entrada da loja; 2 - Descer e ver se tem alguém que possa me ajudar no piso de baixo; 3 - subir, porque eu vi uma mesinha com uma coisa que parecia uma caixa registradora lá em cima.
Claro que eu subi!
Esperei uns minutos, até que um dos vendedores achou estranho eu estar parada ali, e me perguntou o que eu queria. Aí eu falei que estava ali para uma entrevista, e ele me pediu para descer com ele, pois o local não era ali, era no andar de baixo (onde tinha um volume mais alto da música que dá dor-de-cabeça).
Bem, esperei mais um pouco, me perguntaram algumas coisas, chamaram o chefe, esperei mais um pouco, me perguntaram mais um pouco de coisas... e enfim o chefe chegou.
Era um gordinho, cabeça raspada com cara de árabe-claro. Ele me pediu para acompanhá-lo até o café que tem na esquina, pois estão em obras na sala dele na loja.
Fomos ao café, fiz a entrevista... ele me pediu para voltarmos para a loja para eu preencher un cadastro de inscrição para a vaga.
Aí então que eu consegui perguntar sobre o salário, pois sobre os 3 dias de treinamento não remunerados ele já havia me falado. Bem, o salário é menos que o mínimo aqui (ele deve ter pensado que eu sou ilegal, só pode!), para trabalhar em um lugar que me deixaria surda.
Mas preenchi a ficha, e tentei entregar para o carinha do caixa, que me disse para esperar pelo chefe. Aí, um gurizote-vendedor se ofereceu para levar para o chefe a minha ficha, e pediu para eu esperar... esperei uns 50 segundos... e saí de fininho da loja... minha cabeça já estava estourando... e eu nem fiquei 30 minutos por ali.
Ah, e mais uma coisa!
Era proibido ir trabalhar com bolsa grande, e eles fariam revistas periódicas pra ver se o pessoal não estava roubando nada...
Foi demais pra mim!
Bem, com certeza ele não vai ouvir mais de mim!
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