sexta-feira, 8 de junho de 2007

London, 5th June, 2007

A Chegada

O vôo foi tranqüilo, até pode-se dizer que bem bom, mas não tem como não invejar o espumante e as poltronas da classe executiva, que a gente via pela cortina. E isso que da primeira classe a gente nem viu nada.
Mas os “plugues” para o ouvido foram salvadores, porque a brasileira nordestina e mal educada na nossa frente roncava feito um gigante.
E sabe que a comidinha da TAM até que é gostosa?

O avião aterrissou em Londres exatamente às 12h (horário de Brasília), 16h (horário de Greenwich).

A passagem pela imigração foi tranqüilíssima! Eles simplesmente pegam o passaporte vermelinho, passam pelo scanner, olham pra nossa cara, dizem obrigado e chamam o próximo.
Sem papéis, sem perguntas e sem burocracias.

Até por isso, pegamos as malas antes que os brasileiros não-cidadãos europeus que estavam no vôo.
Teve uma brasileira grávida, que pediu ajuda para o Rômulo em inglês, para ajuda-la com as malas na esteira. Nossas 3 malinhas chegaram bem felizes e inteiras com seus “protect bags” um pouco detonados, mas inteiras.
(Não Otávio, não extraviaram as nossas malas).

Pegamos nossas malas pelos puxadores e começamos nossa aventura. Fomos rumo à procura pela estação de metrô do aeroporto de
Heathrow(*).
Após algumas subidas e descidas e pedidos de informações, encontramos a estação e pegamos o metrô para a cidade.

A viagem até a estação Picadilly Circus levou aproximadamente meia hora. No caminho a gente já tem um gostinho da cidade: dois amigos conversando no vagão, com aquele sotaque carregado digno de Kate Winslet, com as vogais mega pronunciadas. Então, olhando pela janela, quando o underground viaja “above the ground”, dá pra ver aquelas casinhas bonitinhas, de tijolinhos, com seus 2 andares e telhados bem feitinhos, e parece que a gente ta vendo um filme do
Hugh Grant passando na nossa frente.
Além do animado casal que desceu bem antes de chegarmos ao centro, os outros passageiros chamam a atenção pelas suas diferenças... Japoneses, indianos, árabes, ingleses... a verdadeira mistura de cores e rostos diferentes que todo mundo fala, e que é verdade mesmo.

A única coisa ruim da travessia, foi administrar as trocas de trens com as 3 malas pra puxar, e as saídas da estação que são com escadas de verdade, e não rolantes.
Foi um belo esforço tudo isso.

O Hostel

Na saída do metrô ficamos em dúvida sobre qual o caminho a seguir. A gente achava que era um, mas pra não arriscar, com as 3 malas a puxar, preferimos perguntar para 2 carinhas que estavam vendendo jornal e conversando em português.
(Bia, saímos em outra entrada da estação, por isso a dúvida).

O Hostel está com a fachada em obras, e só enxergamos a entrada e que era aquele o prédio, quando chegamos bem na porta. Ainda bem que era mais perto do que a gente estava achando.
O recepsionista daquele dia era, adivinhem? Um brasileiro! E quando dissemos o nome do Rômulo, que estava na reserva, ele começou a falar em português com a gente.

Além da entrada, a recepção propriamente dita do Picadilly Backpackers Hostel é no 4º andar. Subimos, pagamos a tarifa, conseguimos prorrogar a reserva de apenas uma noite até sexta e fomos para o quarto.
Bem, digamos que ele bate com a pensão que ficamos em La Paloma, com a diferença de que aqui o banheiro é comunitário. A tarifa é médio cara para Hostel, mas estamos em um quarto sozinhos e bem no centro de Londres, onde podemos fazer tudo a pé.
O quarto é um ovo, com um beliche de casal que tem um colchão mole, mole... mas ele tem uma pia para higiene pessoal, e parece ser bastante seguro (embora nada de valor fique dentro dele sem a gente, é claro).
Mas mamães, fiquem tranqüilas, o lugar é limpo, não tem bichos e é no coração de Londres!

1º passeio

Até nos acomodarmos, eu tomar banho, descansarmos um pouco da maratona de carregarmos 3 malas e 2 mochilas em duas pessoas, saímos para passear pelas 8h da noite.

Classicamente comemos no primeiro restaurante familiar que apareceu na frente: o Mc Donal’ds. Porém, comemos um lanche que não tem por aí... achei os lanches relativamente mais baratos do que aí no Brasil, claro que sem fazer conversão.

Saímos dali e demos uma volta na quadra... nossa, é muita informação nova... mas antes de passear mais, tivemos que voltar no Hostel para pegar uma blusa mais quente pra mim. É realmente friozinho por aqui, tipo um clima de setembro no RS.

Depois sim, caminhamos pelas redondezas, passamos por vários teatros, andamos pela Picadilly Road, entramos em uma livraria maravilhosa, vimos os ônibus de 2 andares, as cabines telefônicas vermelhas, os motoristas dirigindo pelo lado direito e do lado direito, a pontinha de uma torre, e aí finalmente caiu a ficha: A GENTE TÁ EM LONDRES!!!

Pronto, fiquei deslumbrada... aquelas pedras nas ruas que devem ser mais antigas do que o país em que eu nasci... é muito maluco isso.

Passeamos mais um pouco, achamos o teatro onde está passando “O Fantasma da Ópera” que eu sou louca pra ver, passamos no supermercado Tesco (o famoso Tesco) para comprar água, bolachinhas e um bom ar, pra melhorar o cheirinho do nosso quarto.
Tiramos umas fotos (passei o link por e-mail, se alguém mais quiser, me pede que eu mando), passamos por lojas famosas, como a Burberry, telefonamos para as mamães, que não estavam em casa, e voltamos para o Hostel.

Ah, a diferença de fuso aqui é de 4h.

PS: O Rômulo pediu para eu colocar uma observação, ele diz que tem saudades dos banheiros novinhos do apartamento, onde a água corre abundantemente, e não precisa ficar correndo atrás dos pingos.
Observação da Juliana: parece banho do chuveiro elétrico do Imbé, que pra ficar quente, tinha que abrir pouco a água.

(*) Nota: eu tinha escrito o nome do aeroporto errado, porque eu vivo trocando o nome das coisas, é de família... mas graças à amiga Rê, tá corrigido!!!

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