sábado, 30 de junho de 2007

London, 30th June, 2007

O dia em que não saímos de casa.

Eu to bem feliz, porque tem um monte de gente que tá adorando ler o diário... eu nunca achei que escrevia mal, mas fico feliz que as pessoas gostem de ler o que eu escrevo.
Quem sabe um dia eu me animo, e escrevo uma saga do estilo Harry Potter e fico tão milionária quanto a Rainha Elisabeth.

Por falar em Harry Potter, queria dizer para as minhas queridas tias, que no dia 21/07 vai chegar uma embalagenzinha pelo correio com o meu exemplar do ÚLTIMO livro do Harry Potter. E eu estou MORRENDO DE CURIOSIDADE pra ver como a história termina.

E dia 12 de julho estréia o filme do quinto livro da série. Que eu também estou louca pra ver!
E eu me dei conta de que o quinto, é o único livro que eu não tenho, porque eu li o do meu primo Rafa, e nunca comprei um pra mim. Acho que vou ter que cuidar disso qualquer dia desses em uma livraria.

Ah! E Luísa, pra treinar melhor o meu inglês, nós compramos o livro High Fidelity do Nick Hornby... e achei que tu irias gostar de saber.

Bem, como hoje estava chovendo bastante, e estava friozinho... acabamos desistindo de viajar aqui por perto, e passamos o DIA TODO em casa. Eu dormi praticamente o dia inteiro também.

E agora estamos aproveitando que não tem mais ninguém na sala, e estamos vendo TV.
Porque a TV a cabo daqui, tem os mesmos seriados americanos que passam aqui. E tbm está rolando a edição do Big Brother britânico, mas esse eu não estou vendo...

Ah, e Dani Ferreira, o tal seriado DEXTER vai começar a passar aqui na semana que vem!

Terminando o POST RECADINHOS, gostaria de mandar beijos a todos, e lembrar que amanhã é aniversário da minha Mamãe.

O dia dos carros bomba

London, 29th june 2007.

Bem, a sexta-feira que parecia ser como todas as outras que já passamos aqui, mas teve 2 ameaças de atentados, foi tranqüila.

Tirando o fato de que eu saí bem feliz sozinha hoje de manhã, para mais uma entrevista de emprego com um pessoal de uma agência de empregos, e que quando eu saí de lá e liguei pro Rômulo, ele me avisou que a minha mãe estava preocupadíssima no Brasil, porque haviam encontrado um carro bomba no centro de Londres naquela madrugada.
Mas a coisa toda tinha (ou estava acontecendo), relativamente longinho dali, embora eu também estivesse no centro.

Mas fora isso, e o fato de o metrô ter ficado meio "lento" quando eu voltava pra casa, o quase ato terrorista não afetou em nada o nosso dia-a-dia. Apenas o dia-a-dia das pessoas que trabalham pros lados de Piccadilly Circus, pois eles não conseguiam chegar aos seus destinos.

Aqui em Londres, depois de 7 de Julho de 2005, quando tiveram os atentados nos ônibus, o pessoal aqui anda bem antenado com qualquer atitude suspeita, como esse carro abandonado na frente da boate, que despertou suspeitas.
No metrô, sempre tem avisos escritos e falados, dizendo para os usuários ficarem atentos, e relatarem se virem qualquer coisa suspeita, como bagagens abandonadas... mesmo que não seja nada aparentemente grave, eles pedem para que se denuncie a algum funcionário do metrô ou para a polícia.
Nos ônibus também tem avisos desse tipo escritos.
Então, as pessoas aqui não vivem em pânico, mas sim ficam atentas a atitudes e objetos suspeitos.

A polícia está investigando, mas ainda não se sabe de quem foi a autoria dos atentados. Sim, porque mais tarde foi encontrado um outro carro, cheirando a gasolina, que estava em estacionado e local proibido.

Especula-se que seja da Al-Qaeda a autoria, mas não foi confirmado ainda.

E, para espairecer, fomos no final da tarde a Camden Town, que é onde estão as pessoas mais "descoladas" e onde tem a maior concentração de tipos estranhos da cidade.
Em Camden Town tem lojas e mercados que vendem de tudo!
Desde bolsas de grife falsificadas, camisetas engraçadinhas, espartilhos de vinil até loja com roupas pra quem acha que é vampiro (antes de voltar eu vou ter que ir lá e comprar uma pra mim, para o próximo baile a fantasia!).

E, como o Regent's Park é ali perto, fomos até lá dar uma volta.
O parque é LINDO! Amplo, verdinho... cabem uns 3 parcões dentro dele.
Além disso, tem lá o Queen Mary's Garden, que é MARAVILHOSO!!! É um jardim de rosas, com um tipo mais lindo que o outro, com perfumes maravilhosos, que quando batia um ventinho, se espalhava pelo ar.

Só quem não se deu bem com o ventinho e o cheirinho de rosas com pólen pelo ar foi o Rômulo, que ficou espirrando sem parar!

Nos apaixonamos pelo parque, mas eu ainda acho que o St James é mais charmoso... mas o jardim é imbatível, até porque, pra quem não sabe, Rosas são as minhas flores preferidas.
Provavelmete, alem das flores serem bonitas e cheirosas, é por causa da minha mãe, que se chama Rosa.
Vai ver também é por isso que eu gosto do Rômulo... hehehehehe

Quando fomos a caminho do metrô, na Baker Street, nos deparamos com um Pub onde tinha um monte de gente bebendo em pé, na calçada. Bem no estilo Ossip.
Ali tbm tem o museu do Sherlock Holmes e uma loja que só vende coisas dos Beatles, mas na hora em que passamos por ali, já estavam fechados.

Na estação do metrô, vimos um senhor que foi o senhor mais inglês que nós já vimos por aqui. Ele parecia saído diretamente de um livro do Sherlock. Ele era muito, muito alto, com olhos claros, cabelos brancos, chapéu marrom, blazer marrom, gravata e tinha aquela cara de mordomo inglês de filmes antigos.
Pena que quando tentamos tirar foto dele, na escada rolante, a câmera estava com tanto zoom, que só saiu a orelha do Rômulo na foto. Uma pena!

PS: nem preciso dizer que o ponto alto do dia foi o jardim da Rainha Maria.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

London, 28th June, 2007

Essa semana criamos uma rotina de almoçar em casa e depois sairmos pra dar uma volta.
A voltinha de hoje foi pra ir numa loja de roupas mais baratas, mas que é uma confusão, e parece um grande brechó! Ficamos tão confusos lá, que resolvemos ir pra outro lugar.

Acabamo indo ver a liquidação da Selfridge's, que é bem boa, e vale bastante a pena... onde tinham blazers Armani por 200 libras, mas que ainda estão um pouco acima do nosso patamar de preços.
Mas tinha MUITA gente lá, e muita, muita coisa na loja pra ver... chega a cansar só de entrar e ver o primeiro setor da loja, imagina passear por tudo!!!
Mas hoje fomos também até o setor de artigos para casa, onde tem coisas beeeem bonitas também.

Mas o nosso cansativo passeio do dia não passou disso... pelo menos a gente não pegou chuva, como na terça...

quinta-feira, 28 de junho de 2007

London, 27th june, 2007

Nesta quarta-feira fomos pela primeira vez ao CINEMA aqui.

Claro que as salas são tipo Cinemarck, com uns 3 andares só de salas de cinema.

Finalmente conseguimos usar nossas carteirinhas de estudantes e ganhar desconto no ingresso.

A gente viu Ocean's 13, com o Brad Pitt, Al Pacino e o George Clooney. O filme é legal, parecido com os 2 primeiros, porém o primeiro é sempre o melhor...

E é claro que o filme não tem legenda, né?

Depois fomos passear mais um pouco no supermercado, e também para fugirmos da chuva, pois hoje tinha sol, e saímos sem guarda-chuva, e é claro que choveu!
E isso que na terça eu passei o dia segurando a sombrinha, e não caiu nenhuma gota do céu após termos saído de casa... vai entender!

quarta-feira, 27 de junho de 2007

London, 26th June, 2007

Resolvemos dar uma passeada nesta terça-feira, para não ficarmos o tempo todo enterrados com a cara no computador.

Fomos passear pelo Soho londrino, onde tem as lojas e pessoas mais descoladas! Descobrimos um brechó que só vende roupas de marcas famosas, e muitas lojinhas diferentes.

Como está todo mundo entrando ou já em liquidação, fomos tbm até a Oxford Street, para ver se a gente apriveitava alguma coisa.

Fomos passear na Selfridge's, para conhecer toda a loja, que é imensa!
Encontrei o Beto - chefe da mariana - no meio da seção feminina... e ficamos sabendo que a grande liquidação começa amanhã.

Mas... nos separamos e cada um foi passear pelos setores que mais interessavam a cada um. É claro que eu fui direto para o setor feminino de roupas. O do primeiro andar é normal, com marcas como Levis, Diesel, Topshop e Miss Sixty. Já o segundo andar, é de entrar chorando!
Sim, chorando de raiva por não ter dinheiro para comprar um blazer Stella McCartney em promoção por 500 e poucas libras, ou uma Bolsa Chloé po 800, ou nem ter coragem de ver os preços dos ítens Dolci and Gabbana, Armani, Prada e afins. O setor é LINDO, as roupas e acessórios MARAVILHOSOS!!! Mas acho que nem com a promoção de amanhã dá pra comprar alguma coisa lá, nem um lenço!

Depois de toda a depressão que ficamos por ver casacos e roupas tão caros - sim, porque o setor masculino também tem uma seção de grifes! - fomos na GAP, que tem precinhos bem mais em conta, e que estava com remarcação da liquidação, e onde até comprei um Trench Coat mais barato do que o valor da etiqueta. Sim, porque uma capa de chuva é artigo essencial para se andar em Londres.

Está friozinho, desde domingo, quando choveu muito. Estamos até usando casaco para sair de casa, e ainda bem que temos um edredonzinho para nos cobrirmos a noite.

Fora isso, a procura por emprego continua firme e forte!

London, 25th June 2007

A semana começou dedicada à procura de emprego.

Saímos de casa para cumprir uma missão importante, mas que não posso contar ainda.
Só na semana que vem, hehehehehehe.

E também para comprar alguns mantimentos que estavam faltando.

A procura pelo emprego ideal requer tempo e dedicação.
Não há nada mais difícil e entediante do que fazer um currículo, ainda mais em outra língua.
Se já é difícil explicar o que a gente fez e sabe fazer em português, imaginem em inglês... onde as palavras ideais tem que ser procuradas no dicionário, porque a gente só lembra dela na língua materna.

Bom, nos desejem sorte!!!!

PS: o ponto alto do dia foi o almoço-quase-janta que a gente fez hoje. Com direito a risotto, shitake e salmãozinho.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

O final de semana! (23 e 24/06)

Bem, eu ando com preguiça de escrever... ainda mais porque aqui anda chovendo, e com o friozinho junto dá um soninho...

No sábado, como era de se esperar depois da trabalheira de sexta, acordamos tarde e terminamos de arrumar as coisas no nosso quarto.

Saímos para passear, e descobrimos que as lojas estão todas em liquidação aqui, pena que a gente ainda tá com medo de sair gastando sem real necessidade, hehe.

A gente foi a um bairro diferente nesse sábado, um reduto de uma determinada nacionalidade. Foi bem divertido, mas quando entrávamos nas lojas, como éramos diferentes, todo mundo ficava nos olhando, desde os clientes até os vendedores e donos das lojas... que deviam se perguntar o que a gente queria por lá.

Em uma loja, a vendedora falava o tempo inteiro comigo, pra mostrar os produtos, mas quando era pra dizer o preço, ela olhava pro Rômulo, como quem diz: ele é quem é o dono do dinheiro...

Mas fora isso, o nosso sábado foi bem tranquilo. Fomos também no supermercado, e fizemos uma jantinha em casa, bem gostosa.

O Domingo foi de muita, muita preguiça!
A gente foi a tarde até Greenwich, pois estava tendo um festival nas Docklands e Greenwich, e o que queríamos ver era lá, em um lugar bem bacana, chamado The O2, que é um centro de eventos, com arena, auditório, restaurantes, cinemas, etc, patrocinado por uma empresa de telefonia celular. Mas quando chegamos, tinha uma multidão, pois dali a poucas horas começaria um show do Bon Jovi. Sim, uma multidão de fãs do Bon Jovi estava por lá, e acabamos por não ver nada das apresentações do festival.

Ainda haveria uma apresentação de teatro, no Antigo Colégio Naval, onde fomos no domingo passado, mas estava chovendo, estava frio, faltava uma hora para começar, e o negócio era ao ar livre... desistimos na hora!

Essa semana vai ser de procura por emprego...
Mas eu prometo que se tiver novidades interessantes eu escrevo.
A rotina está começando a se apossar de nós, o que nos deixa um tanto quanto sem novidades.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

London, 22nd June, 2007

Ou o dia em que conseguimos uma lugar para morar

Bem, acordamos hoje cheios de esperança de termos um lugarzinho para passar a noite, onde também já pudéssemos desfazer as malas, e chamar o cantinho de nosso.

Pois é, o tal do corretor malvado da África do Sul, o Marcus, que prometeu nos ligar até as 11h, cumpriu com o prometido. Porém...
Ele veio com um papinho, perguntando se o Rômulo não tinha falado com outro cara, que achamos que trabalha com ele, para ver uns apartamentos no centro da cidade...
Achamos a história complicada, e o Rômulo foi bem direto, e disse que não, o que queríamos era um dos dois lugares que ele tinha nos prometido em Canary Wharf. Aí ele disse que nos ligava de novo em meia hora.
Porém, ontem já havíamos avisado para ele que até as 16h a gente tinha que entregar a chave do apartamento para a administração do Imperial College.

Como a coisa se complicou dessa maneira, e perdemos a confiança no tal do Marcus, resolvemos ver se um dos quartos que vimos domingo em Canary Wharf estavam disponíveis para alugarmos... e ESTAVAM!!!
Mas o único em que poderíamos nos mudar hoje mesmo era o que era um pouco menor, mas na casa que tinha mais banheiros... hehe.

Marcamos com o landlord dessas casas, um francês chamado Cecil, de nos encontrarmos às 14h com ele para pagarmos o depósito e já pegarmos a chave da casa.

E lá fomos nós, fazer a travessia de Ealing até Canary Wharf, trocando o "tube" pelo "DLR" (DLR é um trem de superfície, tipo o trensurb daí, que funciona pras bandas de cá), com duas mochilas e já com uma das malas de arrasto.
Conseguimos chegar em tempo de encontrar com o Cecil, mas achamos que não... pois quem nos abriu a porta foi uma menina, uma inglêsa, a Renée, que viria a ser uma das nossas novas housemate.

Bem, o Cecil chegou ali logo depois, nos deu as instruções de como a casa funciona, explicou um pouco sobre os nossos vizinhos de quarto, e recebeu o pagamento para que a gente pudesse enfim ter uma casa pra morar aqui!!!
Pelo menos até a gente se empregar e daí sim, começar tudo de novo, para achar um lugarzinho bacana e só pra nós.

Depois disso, voltamos àquela lonjura de South Ealing para pegar as coisas que haviam ficado, e para entregar a chave do apartamento.

Quando voltamos, alguns dos nossos housemates já estavam em casa, e pudemos conhecer 3 deles. A Renée, que nos abriu a porta, o Troy, namorado da Renée, e a Joanna, que namora o Edward. Só faltou conhecermos o Edward e o quinto housemate, que é um professor neozeolandês, e que eu não me lembro o nome agora... parece que é London (mas pronuncia diferente... vai saber).

Para comemorar, largamos um pouco a arrumação e limpeza das coisas, para irmos a um pub comer uma comidinha gostosa, beber umas pints de Guinness e de um drink que é tipo o Snakebite, mas que tem outro nome, algo como "Ciderblackcurrentblablablablabla", algo que não entendemos e que não sabemos pronunciar.

Depois voltamos, para contar a história pra vocês, e para desfazer as malas, finalmente!!

PS: Nem preciso dizer que o ponto alto do dia foi TERMOS UMA CASA PRA MORAR!!!

London, 21st June, 2007

Dia 21 foi quinta, um dia antes de termos que sair do ap do amigo do Rômulo... e ainda não tínhamos lugar para nos mudarmos... estávamos sem teto!

Resolvemos sair para passear numa zona bacana, onde haviam alguns apartamentos para alugar... vimos um que era numa casa de 2 indianos, mas o quarto de casal já tinha sido alugado meia hora antes de chegarmos, e aí eles nos ofereceram um outro quarto, meio muquirana na casa deles, por uma fortuna, porque a gente queria só por um mês ou 2 no máximo... e aí, nem pensar!

Depois, fomos ver uma casa, dessas antiguinhas, em que o pessoal aqui tranforma em 2 apartamentos... e o que fomos ver era na parte de baixo da casa... que era bem legal, que teria um cantinho só pra nós, mas que era mais caro do que o que a gente estava procurando, e a gente ia ter que se comprometer por uns 6 meses pelo menos... e não era o que queríamos.

Além do mais, o corretor que tinha sido bacana com a gente na semana passada tinha nos prometido um lugar em um dos apartamentos dele pra essa semana... e na quarta ele tinha nos ligado, dizendo que nesta quinta ele iria nos telefonar para marcar de vermos os lugares que ele tinha ainda na sexta, pra gente ver e se mudar na sexta mesmo...

É claro que ele não ligou, mas nós ligamos para ele, e ele prometeu que às 11h de sexta iria nos ligar para marcar um horário para vermos os aps.

Ficamos rezando.

PS: O ponto alto do dia foi um restaurante mexicano que descobrimos do lado da estação de Ealing Broadway, e que serve Burritos MARAVILHOSOS!!! Só faltava um pouquinho de pimenta neles, hehe.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

London, 20th June, 2007

Hoje aconteceu uma coisa emocionante! Definitivamente foi o ponto alto do dia!


Fomos passear em Covent Garden, que é um bairro chiquezinho de Londres, famoso pelas suas lojas, bares, restaurantes e performances de rua.

Ali, onde um dia foi o local onde um dia foi a horta de um mosteiro medieval que produzia mantimentos para abastecer a Abadia de Westminster, que depois virou um mercado de frutas e verduras, hoje se ancontram lojas de grifes famosas, restaurantes bacanas e muita cultura.

Bem, no início do nosso passeio, ouvimos música!
Mas não qualquer música, havia um quarteto de cordas tocando ali na parte de baixo do Mercado, fomos até lá para olhar, e assim que eles terminaram aquela música que chamou a nossa atenção, eles começaram a tocar uma música que eu simplesmente AMO! O Bolero de Ravel. Sim, naquele cenário antigo e cheio de história, tinha um quarteto composto por um Celo e 3 Violinos... tocando uma das músicas mais lindas do mundo pra mim!

Foi emocionante!
Foi definitivamente se sentir no berço da civilização como a conhecemos hoje.
Foi como se a cultura brotasse daquele chão, e mostrasse como tem coisas lindas que a humanidade produziu.

Foi Lindo!
Foi Mágico!

E foi a primeira vez que eu realmente me senti em êxtase por estar no Velho Mundo.


Para quem não conhece o Bolero de Ravel, eu recomendo. E recomendo também um filme sobre balé, que foi um dos que eu mais gostei na época em que eu dançava, mais do que Flashdance: "Retratos da Vida".

terça-feira, 19 de junho de 2007

London, 19th June, 2007

Hoje o dia foi estafante e bem cansativo.
Por isso não estou com muita vontade de escrever.

Já escrevi bastate no dia de ontem, hehe.

Hoje também andamos sozinhos, separados, por London.

Fiz a segunda parte da entrevista, que consistia em passar um dia inteiro com um funcionário da empresa. O trabalho ia ser perfeito pro Caio, hehehe.
Viu? Então trata de melhorar esse inglês aí priminho!!!

Mas também descobri que aqui marketing tem mais a ver com vendas do que com pensamento estratégico e publicidade e propaganda, como é tratado aí no Brasil.

A empresa consiste em marketing-direto, e para isso, todo mundo que começa na empresa tem que ir de porta em porta oferecendo os serviços do cliente, com algumas vantagens... mas é basicamente isso. E eu não nasci com a verve vendedora no sangue, como vocês bem sabem.

Claro que eles prometem crescimento rápido, que depois de 2 ou 3 semanas fazendo isso, você continua o treinamento para gerenciar pessoas, e que pode acabar como gerente/associado da empresa, e blá-blá-blá-blá-blá...

Mas foi a primeira entrevista, eu não tenho a manha pra ter salário apenas comissionado, e não sou capaz de ficar importunando as pessoas no decanso do sei lar.

Por isso, eu disse que não podia dizer sim para eles imediatamente, que precisava pensar, eles não gostaram muito e me mandaram para casa. Disseram que se eu mudar de idéia pode ser que eles ainda tenham lugar pra mim na semana que vem, mas duvido muito que eu vá mudar de idéia, enfim, a porta ficou aberta (a da empresa).
Mas eu passei muitas horas em pé hoje, e vendo eles importunarem as pessoas... se fosse eu, batia com a porta na cara deles.

Mas depois dessa entrevista, e de um outro telefonema me oferecendo um emprego para falantes de Espanhol (putz, eu sou incapaz de dizer mais do que "Hola, que tal"... e começo a falar italiano, não adianta... Mas a pessoa que me ligou disse que ia ficar com os meus dados, e que se aparecece um emprego para falantes de Português ou Italiano ela me ligaria... o que foi bom.

Bem, cheguei muito tarde em casa hoje, pois saí pelas 9h da noite da empresa essa, e to moída, e já é bem mais de meia noite.

Hoje o dia não teve pontos altos... a não ser pelo fato de que temos mais apartamentos para ver amanhã.

Boa noite.

London, 18th June, 2007

Hoje eu fiz a minha primeira entrevista de emprego aqui em Londres, e também foi o primeiro dia em que o Rômulo e eu nos separamos e andamos sozinhos pela cidade.
Pretty Exciting!!!!

O dia começou com a tarefa de imprimirmos o meu currículo, comprar uma pastinha para carregar as cópias para lá e para cá, e encontrar o caminho para o esccritório onde era a entrevista.

Até aí, tudo bem. Eu tinha visto o website da empresa, me inteirado do que eles faziam, marketing-direto, quais os clientes - alguns como Dominu's Pizza, Blockbuster, o time do Arsenal, entre outros... Cheguei um pouco adiantada, a entrevista era as 16h, mas subi uns 10 min. antes.

E chegando lá... havia uma sala CHEIA de gente preenchendo formulários e esperando por alguém que os chamassem para a entrevista.
Praticamente TODO MUNDO estava vestindo ternos e tailleurs... ainda bem que eu trouxe a minha indefectível calça preta e 3 camisas, e eu estava de acordo com o perfil, a não ser pela falta de um blazer, que foi elegantemente substituído por um casaco jeans 3/4 escuro e sóbrio, que deu pro gasto.
De calça jeans havia apenas um carinha na sala, e uma menina com saia e blusa, e outra com terninho escuro, mas com sandálias prata, com saltos enormes.

Como eu vi que a coisa iria demorar e o Rômulo tinha alguns afazeres, avisei-o de que iria demorar e ele foi fazer o que tinha que ser feito. Ficamos de nos encontrar depois da entrevista. Ainda bem que os dois estão com telefones agora.

A entrevista foi bem, melhor do que eu esperava, com o meu inglês até que não tão ruim quanto na semana passada. O meu entrevistador graças a Deus era americano, então eu entendi praticamente tudo o que ele me disse, a não ser pelas partes mais rápidas. E no final de cada frase ele dizia a mesma coisa: "Thas that make sense to you?", e isso foi realmente engraçado, porque eu só tinha que responder, sim, é claro, e coisas do gênero... hehehe.
Eu falei um pouco da minha experiência profissional, ele explicou um pouco da empresa, do processo de seleção e foi isso. Encerrada a entrevista.
O feedback eu receberia às 18h, quando alguém me ligaria e diria se eu consegui passar para a fase 2, que duraria o dia todo de terça-feira - das 12h às 20:30.

Saí dali SOZINHA, e peguei o metrô SOZINHA, pra encontrar com o Rômulo na loja da Adidas na Old Street. (Ah, tá que vocês pensaram que eu tinha desistido, só porque o porteiro fechou a porta na nossa cara aquele dia...).

E tudo foi perfeito! E ainda conseguimos nos encontrar antes de eu chegar na loja. Sim, porque eu levei um tempão pra chegar até lá, e o Rômulo já estava ali por perto.

A loja da Adidas foi uma decepção! É beeeem menor que a da Nike, tem poucas opções na loja, tanto de roupas, quanto de tênis para as mulheres (pros homens tem quase o dobro!), a parte Adidas Original tem menos variedade que no Brasil, e quando eu decidi que queria provar 3 modelos, não tinha NINGUÉM pra atender.
Havia apenas uma vendedora, atendendo um casal, e duas outras mulheres, que chegaram depois de mim, começaram a fazer fila, sim, eu disse FILA, esperando que a vendedora as atendesse. Bem, nem preciso dizer que larguei os tênis de volta na prateleira e fui embora, indignada! Se eu quiser comprar um tênis, vou na loja da Nike!

Comemos por ali mesmo, e na hora de pagar, me ligaram da empresa e me disseram que eu tinha passado na primeira entrevista, e que nesta terça eu teria que estar lá as 12h, com sapatos confortáveis.
Na saída do Subway, vi que no caixa estava um ex colega meu da faculdade (ao menos parecia), mas ele estava com a comida na mão, subindo para o restaurante, e eu resolvi não chamar sem ter absoluta certeza que era ele. Eu sabia que ele estava morando aqui, mas não imaginei que iria encontrar com ele na rua assim... foi engraçado.

Depois, voltamos pra casa.

PS: o ponto alto do dia foi ter andado sozinha por Londres, pela primeira vez!

domingo, 17 de junho de 2007

London, 17th June, 2007

Domingão, dia de descansar... não fazer nada... DOCE ILUSÃO!!!

Acordamos cedo para vermos mais alguns lugares pra morar... e, como o lugar era perto do parque de Greenwich, fomos até lá dar uma conferida no relógio que regula o horário do mundo todo, e também pisar ao mesmo tempo no oriente e no ocidente.

Até aí, tudo bem... tem um jardim bem ainda ao norte do Tâmisa, onde estávamos, o Island Gardens, onde tem dois prédinhos gêmeos, um de cada lado do Tâmisa... mas para chegar lá do outro lado, é uma longa história.

Os prédinhos gêmeos, que parecem umas Ocas de tijolinhos a vista, servem de entrada e saída para um túnel que o lado norte ao lado sul do Tâmisa, onde fica o parque e o Observatório Real, onde tem o tal relógio... e onde é o meridiano.

Para entrar no túnel, você desce um elevador, ou uma escada, até mais ou menos 15 metros para baixo da terra, e anda 365 metros para chegar do outro lado, pegar o elevador e subir são e salvo para a superfície, cheia de ar!

Para uma pessoa que não tem problemas com água, e principalmente com lugares fechados, isso é molezinha de fazer.
Mas para alguém como eu, que não é um peixe, tem pânico de ficar sem ar, e imagina nitidamente todos os lugares por onde a água pode entrar e inundar tudo, e te deixar sem ar, é uma travessia bem nervosa de se fazer.

Elevadores geralmente tem uma aberturinha, e do chão não passam... Aviões tem oxigênio suficiente para terminar a viagem (e eu não costumo pensar que ele está no ar, mas que o oxigênio por ali é rarefeito), Metrôs tem muitas entradas e saídas, e também passam por cima da terra em alguns trechos... mas túneis por baixo da água... eu realmente não gosto. Assim como não entrarei em nenhuma pirâmide quando visitar o Egito... sim, alguém já viu como são pequenos aqueles túneis?

Mas depois da travessia pavorosa, foi tudo uma maravilha!!!

Passeamos pelo Royal Naval College
, pelo National Maritime Museum - que é um museu cheio de coisas novas... explico, é um museu que fala da exploração marítima da época de Vasco da Gama e Cristóvão Colombo, em um prédio novo, bonito, em salas decoradas em madeira, com apenas alguns objetos antigos, que mostra os grandes navios Britânicos que faziam a travessia para a América, com maquetes destes navios, como o Mauritânea, mostrando fotos, filmes e alguns objetos da louça e da decoração do navio, onde só faz uma menção ao desastre do Titanic, e onde se pode ver um barqueto do princípe Frederick não sei que número, entre outras embarcações bem conservadas. O museu é bem legal, e tem até alguns experimentos físicos para as crianças brincarem.
Passamos pela Queen's House, apenas por fora, mas que é uma contrução belíssima. Esquecemos de voltar e ver o Hall pintado, que é bem bonito nas fotos, mas passeamos pelo parque de Greenwich, onde tinham muitas famílias e turistas aproveitando o sol.

E finalmente chegamos ao Old Royal Observatory, onde fica o meridiano, onde a hora do mundo todo é regulada, e onde tem um relógio que mostra as 24h do dia. É aí onde todo mundo tira a clássica foto com um pé de cada lado do meridiano... e não é que bem na nossa vez veio um casal e furou a fila!!!
Sim, tem gente mal educada e furadora de fila em todo lugar do mundo! Pena que eles não eram brasileiros, e não escutaram tudo o que eu xinguei eles de mal-educados. Tem ali também uma câmara escura, mas que para ver alguma coisa, a gente tem que implorar para as pessoas pararem um pouco de entrar e sair, para que não entre luz na sala e a gente possa ver alguma coisa...

Mas é ali também onde tem museus bem bonitos e interessantes: um falando sobre os instrumentos marítimos e sobre o fundador do observatório, no prédio original que ele contruiu e morou; outro onde tem uma exposição sobre astronomia e o espaço, e o Planetário atual, todo moderno, mas que não visitamos hoje porque tinha que pagar para entrar.

Quando estávamos já demasiados cansados, resolvemos ir embora... mas antes de pegar o trem e vir para casa, a gente deu uma passadinha no Mercado de Greenwich, que só não parece mais com o brique da redenção, porque o mercado é coberto, e a disposição das bancas é diferente...

O passeio de hoje foi bem bacana.

PS: o ponto alto do dia foi definitivamente ter ido ao meridiano zero, e ter comprado um souvenir lindo!!! Sim, porque a minha felicidade também se faz com compras, além da companhia do Rômulo em todos os passeios.

O dia em que não vimos a Rainha!

London, 16th June, 2007.

Antes de começar a contar o dia de sábado, quero explicar por que esse foi o dia em que não vimos a Rainha.
Todos os anos, no aniversário da Rainha, ela faz uma parada chamada Trooping the Colour, onde está presente toda a família real, e a cavalaria do exército, e a Rainha desfila na sua carruagem, abanando para as pessoas.
Bem, semana passada pegamos um guia gratuito no centro de informações turísticas daqui, o Visitbritain, e vimos que teria esse evento todo.
Decidimos ir. E estávamos certos de que seria neste domingo. Então, no sábado a noite, nós pegamos o tal guia para olhar o horário do desfile. E, para nossa surpresa e desilusão, O DESFILE FOI NESTE SÁBADO, dia 16/06, às 12h.
Perdemos de ver a Rainha... e agora, só no ano que vem!





Sabadão, nenhum ap pra olhar, e muita chuva pela janela.

Bem, acordamos muito, muito tarde hoje, mas também, temos chegado sempre muito, muito cansados, e ficamos até tarde sempre no computador, para vermos as famílias, procurar mais lugares para olhar, entre outras coisas...

Como tínhamos o dia livre, resolvemos aproveitá-lo, e fomos hoje no Pollock's Toy Museum.
O passeio foi bacana, o museu se divide entre 2 casas, sendo a da entrada de 1880, e a da saída, de 1780. Tem uma coleção de brinquedos de dois séculos atrás (lembando que estamos no início do século XXI). Mas de legal mesmo tem pouca coisa... os brinquedos são tão antigos, que parece que a gente entrou num sótão cheio de coisas velhas... a coleção de bonecas é de arrepiar, elas devem sair a noite matando pessoas, como o Chucky.


Mas valeu a pena a sala com os teatrinhos de bonecos, que tinha inclusive um da Alice no País das Maravilhas, que era
de 1927, e também a sala onde tinham casinhas de bonecas muito lindas, essas sim, eram muito antigas e belíssimas!




Na lojinha do museu tem alguns brinquedos pra vender da minha infância, tipo aqueles burrinhos de madeira, que quando se aperta embaixo ele se afrouxa todo, e bonecas de papel para trocar as roupinhas... mas as crianças modernas provavelmente não devem dar bola pra isso. Ah, eles também tem caixinhas de música lindas por lá.

Fizemos um almoço balanceado e derradeiro no McDonald's - sim, não dá para comer mais lá sem um intervalo de no mínimo 6 meses!

Saindo dali, fomos na loja da Virgin, comprar coisas importantíssimas, a nossa tarefa do dia: um chip para o celular do Rômulo, e também a caixa com os DVD's do meu seriado de tv americano favorito da minha adolescência, a pedidos imploradores da minha prima Xuxu.
Agora a gente vai poder ver todos os episódios (sim, TODOS os 19 episódios tão importantes na nossa vida) em ordem cronológica, e não do jeito que passava no Multishow, e nem tendo que procurar o ponto certo da VHS, e mesmo assim sem ter visto 2 episódios que nunca passavam de novo...
Ah, quem não amava o Jordan Catalano (Jared Leto)?

Bom, mas voltando ao mundo atual da realidade, depois de termos feito o que tínhamos que fazer neste sábado, fomos para o lado contrário do British Museum, acabamos passando uma tarde de turismo de consumo na Oxford Street.

Bem, tem tantas lojas na Oxford St., que elas chegam a se repetir mais de uma vez. Entramos em algumas lojas famosas (para desespero do Rômulo), e eu olhei algumas de calçados esportivos nem tão famosas também. Na nossa peregrinação, fomos na Niketown London, onde tem toda a linha de todos os esportes da Nike, inclusive uma parte só com os uniformes de Futebol, onde a camisa de Portugal é realmente igual a usada na Copa de 2006, e não a genérica que vendia no Brasil... entramos na loja da Disney!!! Onde eu queria comprar absolutamente TUDO, de tão lindas que são as coisas, principalmente as roupinhas para meninas, com as princesas, e a fantasia da Sininho do Peter Pan.
E fomos também na Selfridges & Co. onde não vimos tudo, apenas o primeiro andar, mas que é uma loja tipo a Harrods, e que chega a cansar de tanta coisa que tem lá dentro para vender.
Só que teve uma coisa apenas que deu muita, muita raiva! O passeio pela Oxford St. começou porque eu queria ir na loja da Adidas, que é lá. Mas claro que fomos calmamente procurando, vendo as outras lojas... e quando achamos a loja da Adidas, nós atravessamos a rua, chegamos na porta de entrada, e o segurança fechou a porta na nossa cara! Sim, a loja fechou no momento em que a encontramos!! Eu queria matar o dito cujo!!!

Mas o que fazer, né?

No final do nosso passeio encontramos um marco histórico e arquitetônico da cidade, o Marble Arch. O coitado hoje não tem serventia nenhuma, mas foi criado para ser a entrada do palácio de Buckingham, e serviu para isso por um tempo, atá o palácio ser ampliado pela rainha Victoria, e ele ter perdido espaço.
Depois, foi transferido para onde está hoje, na entrada do Hyde Park. O coitado do arco perdeu sua utilidade principal e hoje quase ninguém passa por baixo dele...

Voltamos para casa após uma passadinha para comprar ingredientes para fazer um macarrãozinho a bolognesa.
A massa foi acompanhada de um vinho maravilhoso, que penamos para abrir sem um abridor próprio para isso. Mas essa história mereceria um post só pra ela, e o Rômulo é quem devia escrever.

PS: o ponto alto do dia foi definitivamente a nossa jantinha. Mas a loja da Disney tbm foi uma experiência fantástica!

sábado, 16 de junho de 2007

London, 15th June, 2007

A sexta-feira foi de quase descanso para nós, além de afazeres domésticos.

Logo que acordamos recebemos um telefonema marcando uma visita em um apartamento aqui perto. Então, conforme combinado, pela 1h da tarde nos encaminhamos para lá.
O studio flat - palavra que os ingleses usam para definir o nosso JK, ou kitnete - era até bem ajeitadinho, mas é como a minha tradução já definiu, uma única peça, onde as únicas portas que tem são a do banheiro, a de entrada e a do armário.

Após a proveitosa visita, fomos passear pelas redondezas, onde tem muitas lojinhas, um shoppingzinho, e muitas distrações. Fizemos compras, guarda-chuvas, essenciais para um clima super instável, onde amanhece nublado, abre sol e depois chove, assim, do nada e sem aviso.

E como já tinha se passado um bom tempo até encontrarmos os guarda-chuvas perfeitos, resolvemos comprar alguma coisa para comer em casa e voltarmos para o nosso sossego.

Bem, hoje tiramos a barriga da miséria!!! (Mamães, é brincadeira... temos nos alimentado bem, não se preocupem!!!).
Mas fizemos um almocinho mehor hoje do que nos últimos dias.
Teve batata cozida com manteiga, legumes cozidinhos e deliciosos, e uma carninha assada, de ovelha (ou carneiro, não lembro bem a tradução para lamb). De sobremesa, morangos britânicos e saborosíssimos, com sorvete Haagen-Dazs de chocolate belga que ainda tinha no freezer.

No lanche do início da noite, panquecas! A minha com banana e mel quentinhos e a do Rômulo.......................................................................................................................................................... com morangos e mel (AHA!!! Vocês não acharam que o Rômulo iria comer bananas, certo?).

Passamos o resto do dia em casa, brigando com a máquina de lavar roupas que resolveu não secar nada... isso nos custou um bom tempo... e ainda por cima, uma toalha de rosto e o meu pijama levemente encolhidos...

Mas no final conseguimos secar tudo o que queríamos. Aqui no ap não tem onde deixar a roupa para secar, e já era meio tarde para encontrarmos uma lavanderia aberta... ia ficar tudo com cheiro de cachorro molhado se não tivéssemos tido sucesso!

Além disso, também resolvi reorganizar a disposição das malas e de um móvel no quarto, e ficou ótimo! Não sei como não havia pensado nisso antes.

PS: pra quem achava que eu não ia colocar nada... o ponto alto do dia, foi definitivamente a comilança, a carninha no almoço, a sobremesa e o lanchinho. Hmmmm, delícia!

sexta-feira, 15 de junho de 2007

London, 14th June, 2007

Esta quinta era o dia da já tão falada aqui peça no Shakeaspeare's Globe.

É claro que isso foi o ponto alto do dia!!!!

Chegamos em cima da hora, e a fila dos ingressos pré-pagos era maior do que a fila dos ingressos a comprar na hora... mas tudo deu certo, e entramos na arena na mesma hora em que os atores estavam começando a entrar no palco.

O teatro é LINDO! Pra quem viu o filme Shakeaspeare Apaixonado, aquele em que a Gwnet Paltrow ganhou o Oscar, é tudo igual!

Tiramos fotos no intervalo da peça, pois durante a encenação é proibido.

Assistir ao Mercador de Veneza (The Merchant of Venice) na réplica do teatro onde a peça foi encenada pela primeira vez é emocionante!!!
Os atores passam pelo meio das pessoas na Arena, interagem com o público, é muito, muito legal.

Só o que não foi tão legal, é que não se pode sentar, nem no chão, pois os atores passam por ali, e a peça dura 2h, tem o intervalo de 15 min. e depois tem mais 1h, tudo em pé.
E também porque começou a chover no meio da peça, e a arena é a céu aberto... e ficou todo mundo se espremendo na murada dos lugares sentados pra tentar se proteger da chuva, pois nas entradas não se podia ficar, senão atrapalharia o andamento da peça.

E, apesar da atriz principal ter ficado doente, e ter sido substituida por uma atriz que fazia outra personagem, que por sua vez foi substituida por outra atriz, que interpretou a da outra e a sua própria personagem, a peça foi ótima!

Pena que enquanto tiverem peças, eles não estão fazendo o tour pelo Rose Theatre, que é o que tem remanescente de outro teatro da época de Shakeaspeare, e que foi encontrado em escavações... ao menos foi o que entendi do site.



Bem, o resto do dia foi cansativo, vendo apartamentos e caminhando bastante.
Mas foi tão cansativo que não vou colocar detalhes aqui.

Então, por hoje, é só. Pe-pe-pessoal.

Algumas coisas diferentes

Ainda não consegui encontrar pano de pratos pra vender aqui... mas deve ter em algum lugar, né?

O leite aqui não vem em caixinhas, vem em garrafas com alcinha, uma graça!
Mas teve um que compramos que virou iogurte em meia hora após aberto.

Ao parar em uma faixa de segurança esperando os carros passarem, eles REALMENTE PARAM pra gente atravessar.
Ainda não me acostumei com isso.

A padaria dos supermercados só funciona até o início da tarde... pra comprar baguete, só até no máximo as 2h da tarde é que se encontra.
Saudades da padaria non-stop do Zaffari.

Os cereais aqui são diferentes, ainda não decidi qual comprar...

Não achamos nissim-miojo ainda... só macaroni and cheese pra vender.

Pra se tomar um cafézinho aqui, tem que ser de "balde", não vi nenhum lugar com café em xícara de cafezinho.

Suco de Laranja fresco... não é exatamente feito na hora, e é espremido naquelas máquinas com a casaca, o que deixa o suco com gosto amargo.

Por enquanto é só o que consegui lembrar.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

London, 13th June, 2007

Nessa quarta-feira nos cansamos a beça!

Vimos um ap legal, em uma zona nova, que está se tornando o centro financeiro de Londres, com prédios de empresas como Reuters e o Citigroup (onde eu poderia ir e reclamar da forma como eles tratam os clientes no Brasil, o que vocês acham?).

Depois de termos visto o ap, que era bem novinho, na beira do Tâmisa, com um quarto de tamanho razoável, um banheiro individual para aquele quarto - com chuveiro (um milagre por aqui), máquina de lavar roupas, vaso e pia - uma sala de estar+ cozinha em conjunto com o outro quarto onde mora hoje um casal formado por uma Inglesa e um Neo Zeolandês.

Deixem-me explicar aqui uma coisa: dividir apartamentos por aqui é um procedimento comum entre pessoas da nossa idade, que ainda estão procurando uma estabilidade financeira. Claro que dentro disso se pode encontrar pessoas de todas as formas e psicoses, mas é uma maneira comum de se gastar uma grana não tão alta para viver em uma zona e num lugar legal.
Para ilustrar isso, recomendo o filme Albergue Espanhol, que fala justamente disso, e a continuação desse filme também é boa e recomendável: Bonecas Russas.

Após esse breve período de explicação, vão as nossas conclusões sobre o lugar:

Canary Wharf
é o nome do bairro onde começamos o dia hoje. A estação do Metrô é nova e moderna, tem até portas que previnem que as pessoas se atirem na linha do trem. Ao sair da estação, mais modernidade: prédios novos, todos envidraçados, outros com muito mármore nas fachadas, enfim, um luxo só.
Mas como essa é uma área muito comercial, é uma área principalmente de escritórios, as moradias são mais novas e acessíveis, pois estão ali para quem quiser morar perto do trabalho.
Eu gostei do lugar, tem cara de ser bem seguro, não tem nenhum Council Estate (que são as moradias populares daqui) por perto, e as pessoas que passam por ali são todas muito bem arrumadas e preocupadas com seus trabalhos.

O único porém, é que é longe de onde vínhamos procurando casa, e ainda não sabemos se trabalharemos por ali, o que pode tornar este lugar idílico em um transtorno.

Como tínhamos bastante tempo até nossa próxima visita, fomos dar uma volta no mini-shopping que tem na estação, e aproveitar para comer alguma coisa.

Saímos de lá e fomos para a área central, passamos pela London Bridge, fomos até aquele prédio que parece um ovo de páscoa, sentamos junto ao Relógio Solar que tem junto à estação Tower Hill, que dá vista para a Torre de Londres.

Depois, fomos rumo ao segundo apartamento a visitar do dia, próximo à estação de Bromley-by-Bow, também pra área Leste de Londres. Mas mal descemos do trem, e não gostamos do que vimos... aí mandamos uma mensagem SMS pro locatário, desmarcando - estávamos adiantados, e nem descemos da estação. Rumamos para a terceira visita agendada do dia, próximo de onde estamos agora, e dentro da nossa área de busca. Bem, o prédio era bem novinho, de um carinha da nossa idade, que se mudou faz uma semana, e ainda nem tem no ap aparelhos de uso doméstico (microondas, máquina de lavar roupas, e coisas do gênero). O apartamento é ótimo, o prédio tem até elevador, mas é perto de um Council Estate, a vizinhança dele ali particularmente não nos agradou, ele estava pedindo muito pelo ap, e era muito, muito longe do metrô e só era servido por 1 linha de ônibus. Já está na nossa lista dos desistidos.

Como já estávamos muito cansados àquela altura, pegamos o ônibus que nem sabíamos onde ia dar, e acabamos em Shepherd's Bush onde havíamos passeado na segunda-feira. Fizemos uma paradinha numa Starbucks pra tomar um café, porque ninguém é de ferro, e conseguimos pegar o metrô para ir pra casa.

PS: o ponto alto do dia foi ter conhecido uma zona bem legal e diferente de Londres, além de só termos pego uns pinguinhos de chuva, na volta para casa.
E o pior, foi o meu par de sapatos que deixou o meu pé em brasas. Será que um dia eu vou achar um sapato que não estraçalhem os meus delicados pezinhos?

terça-feira, 12 de junho de 2007

London, 12th June, 2007

Feliz dia dos Namorados aí no Brasil.

E feliz aniversário de casamento pra minha prima Dadá, e pro Marcos, marido dela, é claro.

Buenas, hoje resolvemos dar uma voltinha pelas Docklands, e ver quanto tempo levava daqui do ap até o Shakespeare's Globe, pois vamos assistir ao Mercador de Veneza lá na quinta-feira, e precisávamos saber como chegar e a que horas teremos que sair de casa.

Bem, no caminho da estação até o Globe, passamos pela bela e em reformas St Paul's Cathedral, pela Millenium Bridge, e pelo TATE Modern. Não entramos no TATE dessa vez, pois estávamos com fome e tínhamos ainda que passar em um Hotel que aluga aps compartilhados. Ficou para outro dia.
Ah! Está tendo uma exposição do Hélio Oiticica no TATE Modern, junto com filmes do Dalí.
Pra quem não sabe, Oiticica é brasileiro, e tem obras dele no MASP em São Paulo. Ele foi um artista plástico moderno bem conceituado e inovador.

Depois de eu ter descoberto onde teremos que pegar os ingressos antes do espetáculo na quinta (eu comprei online, tudo muito prático), fomos comer. Naquela região a beira do Tâmisa tem restaurantezinhos bem agradáveis, mas com preços não muito populares. Nós comemos em um restaurante grego, que eu estava com vontade de comer faziam uns dias.
Só encontrei 2 restaurantes gregos por aqui, um em Covent Garden, e esse ao lado do Globe.

Comemos um Slouvaki e um Bifteki, e estava ótimo. Uma pena que eles não faziam Moussaka, que eu adoro!

Depois desse agradável passeio, fomos até o tal Hotel (Dover Castle), onde um conhecido do Rômulo aluga um quarto. O único que eles terão disponível na época em que precisamos era em Clapham. Um funcionário do Hotel foi com a gente até lá. Pegamos o metrô, descemos uma parada depois para dar uma olhada no parque que tem por ali, e pra ver a vizinhança. O lugar é bacana, tem bastante comércio em volta, não se parece em nada com o amedrontador Finsbury Park, e até ali estava tudo muito bem... só que ao virarmos na rua onde era o prédio deles, a decepção!
O prédio era muito, muito decadente e mal conservado, e com alguns elementos suspeitos na entrada. Mas isso foi tudo o que pudemos ver dele, pois como o apartamento está ocupado, não pudemos entrar pra dar uma checada nas acomodações.

Uma pena, pois o bairro é bem razoável, e provavelmente vai continuar na nossa lista de possíveis locais para se morar aqui.

Como já estávaos bem longe de onde começamos a jornada de hoje, decidimos deixar a Tower Bridge para outro dia, e seguimos para Kensington de novo, pois ainda não vimos o Hide Park.
E não foi hoje que fizemos isso também, mas demos uma volta no Kensington Gardens, onde tem muitos árabes e espanhóis, e onde fica o Kensington Palace, onde nasceu a Rainha Victoria e onde morou a Princesa Diana.
Lá vimos também o belíssimo
Sunken Garden, ao lado do Palácio, e também o The Orangery (uma construção de 1704), onde hoje funciona uma casa de chá.
Mas como era tarde, a casa de chá já estava fechada.
Para terminar o nosso passeio, saímos dos Jardins em direção a Notting Hill, onde encontramos a Starbucks fechada, e onde achamos uma livraria com livros a preços ótimos, e com um CD da Marisa Monte tocando ao fundo.

Como já estava ficando bem tarde, resolvemos voltar para casa, antes do cair da noite, e para que nenhum "beetle" gigante nos atacasse no caminho.

PS: o Ponto Alto do dia foi definitivamente o Globe, mas isso eu vou dizer na quinta-feira também... então, o ponto alto do dia, foi ter feito um sol lindo, logo depois que saímos de casa, pois o dia começou bem nublado, e tinha até chuva anunciada no jornal de ontem.

PS2: Os dias aqui duram muito. A gente tem acordado bem tarde, porque ficamos no computador até tarde também, e aproveitamos bem os dias. Começa a escurecer aqui perto das 9:30 da noite, e isso que ainda não estamos bem no verão...

London, 11th June, 2007

Hoje vai fazer uma semana que a gente saiu do Brasil.

Continuamos nossa busca por um lugarzinho pra morar, e hoje fomos à procura de duas imobiliárias que encontramos na internet.
Mas, pelo jeito, a coisa aqui funciona um pouco diferente do Brasil. Você tem que fazer um contrato com a imobiliária, pagar uma taxa nada baratinha, e eles procuram durante 3 meses, ou até tu encontrares, um lugar pra tu morar.

Como a taxa é alta, nos dois lugares que vimos, ficamos em dúvida se vale ou não a pena. Mas se até quarta-feira nossos anúncios e contatos na internet não surtirem o efeito desejado, acho que vamos apelar pra essa opção.

Eles conseguem aluguéis mais em conta, pois não cobram comissão do locatário, e tem muitas opções de lugares, nos locais que a gente está procurando.
E o contrato de locação é feito sem a intermediação deles também.

Nos enviaram algumas mensagens e e-mails pela internet, mas os lugares são bem mais ou menos (pelas fotos), em bairros longes, e caros!!! Mais caros do que os que vimos nas imobiliárias em bairros mais centrais.

Aproveitando a ida às imobiliárias, demos uma volta hoje por Kensington, Shepherd's Bush e Hammersmith, que nos pareceram bons lugares para se morar. Tem bastante comércio, as casas são bonitinhas, e é bem movimentado.

Ponto alto do dia: Tomar um smoothie em uma lanchonete neozelandesa e ficar esperançosos com a primeira imobiliária que fomos.

domingo, 10 de junho de 2007

London, 10th June, 2007

Esqueci de dizer que ontem andamos num ônibus de 2 andares, no andar de cima!!!
É bem divertido, mas não tiramos fotos...

Vamos a hoje!

O domingão foi feito para dormir, e dormimos muuuito hoje.
Continuamos a nossa incessante procura por apartamentos para alugar, mas não marcamos nenhuma visita para hoje.

Então, para aproveitar o pouquinho de sol que fazia hoje, e o calorzinho ameno, fomos dar uma volta no bairro onde "quase" alugamos um quarto antes de vir para cá. Mas ainda bem que foi "quase"!!!
Finsbury Park é um bairro cheio de gente, com casas até um pouco mais cuidadinhas do que o bairro de ontem (West Kensington), mas a fauna na rua é impressionante, tem de tudo.
Mulher usando burca, homens mal encarados com o rosto cheio de cicatrizes, árabes, palestinos, brasileiros (do tipo morro carioca - ao menos foi o que eu achei dos que vi na rua), homens puxando seus "instrumentos" e mijando na rua, enquanto os carros passam... cocô nas calçadas, enfim, um tipo de bairro que eu achei 70% pior do que West Kensington.
É o tipo de lugar que eu ia ficar com medo de ser estuprada em plena luz do dia... até porque, eu não uso nem lenço e nem burca.

Demos uma caminhada para mais além do pior lugar que eu já vi em Londres até agora, até o Estádio do Arsenal. A coisa mais pra lá melhora um pouco, mas mesmo assim, decidimos concentrar nossa procura por lugar para morar perto de onde estamos hoje. Que é médio pobre, mas é honesto.
Hoje, pra vocês terem uma noção, foi a primeira vez em que ficamos com medo de ser assaltados ao andar na rua aqui. Foi quase traumatizante o passeio.

Para melhorar o astra, decidimos fazer uma paradinha em Covent Garden, pra ver coisas bonitas e gente bacana. Esse é o bairro descolado daqui, que tem lojas de macas famosas, muitos restaurantes e a "Royal Opera House", com uma estátua de uma bailarina descansando.
Pena que quando chegamos por lá já era tarde, mais de 8h, e não pudemos aproveitar a feira da Malásia que estava terminando.
Mas achei por lá várias lojas com ofertas de emprego nas vitrines, o que foi um alento para a minha iniciante preocupação de trabalhar logo, assim que nos estabelecermos.

Jantamos por lá em um restaurante vegetariano tailandês, que parece comida chinesa, um pouco mais gordurosa e apimentada... mas valeu a pena, porque era buffet livre e estávamos famintos.

Na volta para casa, aconteceu uma coisa engraçada... foi a segunda vez em que pediram informação pro Rômulo na rua... e o mais engraçado é que nas duas vezes a gente sabia dar a informação. A rua procurada hoje era a "Occupation Lane", que é a rua que costeia o cemitério e que a gente caminha todos os dias. (OBS: eu acho muito engraçado o fato da rua se chamar Occupation Lane, sendo que quem mora por ali não se ocupa de nada... só de virar pó).

Bem, o pior é que a mulher que pediu informação acabou se assustando com a gente. Sim, porque ela ganhou a informação e saiu em disparada na nossa frente, e lá pelas tantas, surgiu um besouro imenso na nossa frente, que ia pro mesmo lado que nós, e pra fugir dele a gente começou a correr, e a mulher se apavorou. Tanto que puxou a bolsa de lado.
Mas depois ela viu que a gente só tava fugindo do bicho, e veio tirar a dúvida se era aquela rua mesmo que ela queria.

Ah, hoje, quase segunda pois foi pouco após a meia noite, o nosso companheiro de ap (na verdade companheiro do Egon), foi pra sua terra natal, a Nigéria, o que nos faz ficar sozinhos no ap.

Ponto Trash do dia: o homem fazendo número 1 na rua.

Ponto Alto do dia: comer aveia com banana no café da manhã, como em casa. (sim, eu contrabandeei 2 saquinhos de aveia pra cá. Ainda bem que não abriram as nossas malas na alfândega).

London, 9th June, 2007

Bem, depois da canseira que foram estes últimos dias, tiramos o sabadão pra descansar um pouco e procurar um lugar pra morar.

Só saímos de casa pelas 5:00 pm, e fomos pro bairro Barouns Court, pois queríamos ver 2 aps por lá. O primeiro era pra dividir com 2 italiaos, mas o telefone que eles passaram só cai na caixa postal. O segundo, era mais para o lado de West Kensington, e tínhamos agendado a visita para as 19:00 pm. Por isso, tivemos um tempinho livre e fomos dar uma volta pela vizinhança.

Perto da estação de West Kensington tem inúmeros escritórios de imobiliárias, e também um pub bem bacana, chamado The Famous Thre Kings. Paramos lá e jantamos. Eu experimentei o famoso Fish and Chips - que tem tudo frito, e chega dar enjôo depois, e o Rômulo comeu uma Jacket potatoe com feijão - uma curiosidade pra quem não veio pra cá ainda: o feijão daqui é branco, e é adocicado.

Pelas sete horas nos encaminhamos para a rua onde iríamos ver o AP.
Só para vocês terem uma idéia, nem vimos o ap. Sim, a vizinhança era bem mais ou menos, os prédios e casas caindo aos pedaços e todos os prédios pareciam conjuntos habitacionais... era um IAPI Londrino.
Chegamos cinco minutos adiantados na frente da casa, mas a coisa era bem trash... pensamos em sair correndo, mas como tínhamos marcado, ficamos esperando... olhando melhor, vimos que as cortinas da casa estavam caindo, e que manutenção era uma coisa que ela não via faz muito tempo.
Um pouco depois, um gurizão, assim da nossa idade, bateu na porta e uma guria atendeu. Nos demos conta de que ela provavelmente havia marcado com mais de uma pessoa para o mesmo horário, e saímos o mais rápido possível dali.

Nota: quando acontece um assalto ou um acidente por aqui, a prefeitura coloca placas amarelas na rua pedindo por testemunhas. Bem, nesse bairro haviam várias dessas tais placas... por isso, West Kensington está fora dos nossos planos.

Na volta fomos dar um passeio pelo bairro aqui do lado de onde estamos ficando, Ealing, onde tem um centro comercial, várias lojinhas, supermercados maiores do que o que tem no caminho da estação pra cá.
E gostamos tanto da vizinhança que também vamos procurar quartos por esses lados.

PS: O ponto alto do dia foi comprar 2 potes de sorvete Häagen-Das (dá-lhe Belgian Chocolate) e vinho J.P. Chennet por um ótimo preço.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

London, 8th June, 2007


Essa sexta era a nossa última manhã no Hostel, pois o check out é as 10h da manhã, e nem um minuto a mais.


O nosso plano era deixarmos as malas guardadas no Hostel e dar uma volta a mais pelo centro, ver a troca da guarda no palácio, mas eles cobram cada volume para deixar lá guardado até a gente voltar para pegar após o check out, e resolvemos que não queríamos dar mais nenhum penny pra eles.


Então, fomos direto fazer a nossa mudança. Bem, pelo menos dessa vez eram apenas 2 malas e mais as mochilas, mas acumuladas com o cansaço físico dos últimos dias, foi bem sacrificante a mudancinha... primeiro, porque as 2 estações tem escadas físicas no meio do caminho, segundo, porque não encontramos um táxi, e fomos arrastando as malas por 15 min. até o ap.


Nossas malas eram viajadas, mas nunca tiveram tantos quilômetros rodados quanto hoje!


Fizemos uma comprinha no supermercado para tomar café da manhã... cerejas frescas, suquinho, pão francês, manteiga... e ficamos descansando no ap, porque não somos de ferro.


E, como tínhamos coisas muito necessárias para comprar, artigos de primeira necessidade, como travesseiros, nos aventuramos para os lados do estádio Wembley, para fazer compras na Ikea.


Uma hora de metrô e 20 minutos de caminhada depois, chegamos na super loja. É uma Tok Stok do Shopping D&D em São Paulo multiplicada por 20. É muito grande, tem coisas muito legais, e eu quero muito um endereço fixo aqui pra poder fazer o Family Card, que dá descontos ótimos em vários produtos.


Na Ikea tem de livros a armários, como uma super-mega Tok Stok.


Tem também um restaurante, com comidinhas bem apetitosas, que por sinal, foi onde comemos, finalmente, comida de verdade!!!


É claro que eu queria levar tudo!!! Mas como não temos nem onde ficar, e já temos muito o que carregar, ficamos apenas no essencial que nos levou até a loja, travesseiros, um edredom e talheres, por preços bem bons, e com qualidade bem boa também.


Esse nosso passeio nos custou muitas horas, mas foi bem divertido. A loja é bem longe de onde nós estamos ficando, mas valeu pra ver por fora o estádio onde o Brasil jogou na sexta-feira passada.


As emoções ficaram por conta do passeio de ônibus da loja até a estação de metrô, pois se caminhássemos mais, minhas pernas iriam cair do corpo.


Mas uma coisa me alenta cada degrau que eu subo e meus músculos dizem chega. Vou ficar com um traseiro bem bonito pro verão aqui.



PS: o ponto alto do dia foi sim comer comida quente. Mas também comprar uma caixinha de cerejas por menos de 1 pound, e no final da tarde pêssegos espanhóis perfeitos!


London, 7th June, 2007

O dia hoje começou com uma péssima notícia... o Rômulo esqueceu a minha saboneteira novinha, de metalzinho, combinandinha com a minha necessàire novinha da Natura que a mamãe me deu, no banheiro comunitário masculino do Hostel.
Fiquei tão triste...
Pra completar, descobri que o cartaz que tem no banheiro dizendo que pode faltar água quente devido à alta demanda no horário das 8h às 10h da manhã é verdade.
Bom, se a água quente já cai um pingo aqui outro acolá, imaginem tomar o banho sem ela!!! Ainda bem que no final a água voltou, e eu pude me esquentar depois de lavar a cabeça com água fria... hoje eu até que gostei do chuveirinho...

Porém, hoje fomos pegar a chave do ap do Alberto, amigo do Rômulo com o flatmate dele, porque ele ta nos EUA.
Fomos de metrô, o famoso Tube, após comprarmos o cartãozinho que dá descontos para as passagens. Descemos na estação South Kensington e nos perdemos um pouquinho até achar a universidade, mas valeu a pena, porque conhecemos um pouco do bairro, que é lindo, muito chique, cheio de carrões estacionados nas ruas, e vários mini coopers também. Passamos na frente do “Museu de História Natual”, que é belíssimo! Outro dia, com mais calma voltaremos lá.
Depois, conseguimos encontrar o tal flamate, mesmo ele sendo um desconhecido e apenas ele tendo um telefone pra contato, na frente do “Imperial College” onde eles estudam. Pegamos a chave, e fomos dar uma voltinha. A idéia era chegar na loja “Harrods”, pra tirar uma foto pra Sole relembrar a infância, mas no caminho, ali na esquina da universidade tem o belíssimo museu “Victoria and Albert” que tem entrada de graça para algumas coisas, e que estava tendo uma exposição de moda.
Vi pela primeira vez um tailleur de madmoiselle Gabrielle Chanel (a Coco) em lã e a cores. Quase tive uma síncope de tanta emoção. Tá, na exposição também tinham uns trajes antigos, de 1700, um ou dois Dior, um Pierre Cardin, um Gianni Versace, e outros do gênero. Mas nenhum me causou tanta emoção quanto aquele Channel. Tirei até uma foto!!!
Depois, demos mais uma pequeniníssima voltinha pelo museu, porque a gente já caminhou demais nos últimos dias, e o corpo ta começando a pedir água... bem, mas valeu por encontrarmos o belíssimo jardim do museu, onde eu tomei uma sopinha bem gostosa.
A lojinha do museu é bárbara, cheia de quinquilharias, livros beeem legais e médio caros, coisas inúteis e muito caras, uma roupinha de gueixa para crianças muito linda, mas cara, e até talheres de plástico, tbm caros. Enfim, tem que estar disposto a gastar bastante grana para um souvenir que tenha utilidade com a grife do museu. Ou então, dá pra comprar um dedal por 2 libras, pra ajuda-los a manter a instituição, ou simplesmente fazer uma contribuição, que é o que vale mais a pena.

Depois da belíssima paradinha cultural, fomos em direção à Harrods. No caminho levamos um belo susto! Paramos na vitrine de uma imobiliária e fomos ver os valores de aluguéis daquela área... chegamos a ficar deprimidos: uma média de 3mil libras por semana para aqueles apartamentos... é, a gente ficou deprimido porque não sabe ainda como ganhar umas 30 mil libras por mês pra poder pagar um aluguel desses...

Ok, finalmente chegamos na tão falada loja pra tirar a foto... mas de nada valeria sem dar uma entradinha. Eu até queria fazer uma comprinha, pra sair com uma sacolinha na foto. Fui ver uma sombrinha, que eu quero comprar desde que roubaram a minha em Porto Alegre em Abril, mas o preço era um pouco mais alto do que eu estava disposta a pagar... apenas 150 libras. Então, resolvemos dar uma volta, e nos chocamos com um setor da loja: TEM UM MERCADO NO MEIO DA HARRODS!!! Sim, que vende peixe, carnes... passando o setor feira, tem um setor delicatessen, com chocolates dos mais variados a venda, e doces incrivelmente bonitos!!! Só não comprei um marzipan, porque tinha fila, e também to preocupada em estar comendo tanto cheeseburguer. Mas então encontrei um setor onde eu poderia comprar, os cosméticos!!! Eu precisava mesmo de um rímel novo... mas na parte dos produtos Clinique, que era o que eu queria, não tinha ninguém pra me atender, porque os responsáveis pela seção eram 2 brasileiros, que estavam muito ocupados reclamando de uma outra funcionária, e das vendas baixas... enfim, perderam de fazer uma venda. Aí quando chegamos no setor dos óculos escuros, eu já estava cansada e achando tudo caríssimo!!! Aí, simplesmente saímos da loja, tiramos a foto e voltamos pro Hostel.
Deixarei para comprar lá quando alguém vier aqui e quiser visitar a loja.

Bem, como a coisa tem andado cansativa, nós fomos descansar um pouquinho, pra depois continuar nossa maratona.

Conseguimos levar os celulares para desbloquear na Chinatown londrina, e enquanto esperávamos ficar pronto, fomos bater pernas na Regent Street, onde tem as melhores lojas da cidade. Entrei na Zara e constatei que as roupas são bem parecidas... também entramos em uma loja de brinquedos, a Hamley’s, com milhares de andares, com a escada comum vestida de “As crônicas de Nárnia”, com trilha sonora e paredes travestidas das aventuras.
Cada andar dessa loja tem um motivo, um andar só de Lego e brinquedos de montar, um andar só de pelúcias, com uma girafa em tamanho natural de um filhote – viu tia Dulce? – um andar só de jogos. Um andar só de brinquedos para bebês, que tem livros e os personagens da Beatrix Potter pra vender, com uma parte onde você mesmo monta o ursinho de pelúcia, com a roupa que vc escolher, com o nível de fofura que vc escolher, com a voz que vc escolher, etc. Um andar só para meninas, com os bebês mais lindos do mundo, e muitas, muitas Barbies e roupinhas de princesas. Um andar só de carrinhos, aviões e coisas do gênero para os meninos, e também um último andar todo dedicado aos garotos. Uma criança brasileira de uns 3 anos ia ficar louca ali dentro!!!!

Então, terminamos nosso passeio pelas lojas na Virgin, onde eu vi pra vender o DVD com a primeira e única temporada completa do seriado mais maravilhoso dos meus 15 anos – My so called life.
Mãe, só não comprei, porque é zona 2 e eu não sabia se iria conseguir ver em algum lugar... mas to em cólicas pra voltar lá na loja e passar o meu cartão de crédito. É uma coisa que eu SEMPRE quis, e que no Brasil só tem encomendando dos EUA, e pagando 500 reais...

Finalmente pegamos nossos celulares desbloqueados, e conseguimos usar o Chip que a Rê tinha me dado de presente.
Então, agora nós finalmente temos um telefone de contato. O número, pra quem quiser eu passo por e-mail.

Nosso dia continuou com um passeio até o apartamento do amigo do Rômulo pra levar uma das malas e já vermos como chegar lá. Não queremos passar de novo pelo que passamos, de ter que levar 3 malas no metrô, ainda mais que as estações tem escadas comuns pra leva-las, e não só escadas rolantes.
O ap é no subúrbio, longinho da estação, temos que dar uma boa caminhada, mas a “Villa” do Imperial College é bem bonitinha, e muito tranqüila, porque a vizinhança dorme um sono eterno (assim esperamos!). O quarto é até maior do que esse do Hostel (que nós carinhosamente apelidamos de espeluncasinha), tem uma cama de solteiro, mas com um colchão bem bueno.
Um banheiro ajeitadinho, que dá pra sentar (minhas coxas estão mais firmes do que nunca!!!), e um banho com torneiras que misturam a água, e não é preciso decidir entre o gelado e o queimando. Enfim, é o paraíso, depois que a gente fizer a internet funcionar, é claro.
Só que a particularidade dele está no nome que demos: Escondidozinho.

Como demoramos por lá, quando voltamos a minha vontade de jantar em um pub teve que ser substituída por um Burguer King, pois as cozinhas dos 2 pubs próximos do Hostel estavam fechados, e a gente estava muito cansado pra andar até outro lugar.

Mas amanhã a gente promete que vai comer comida, até porque, no ap tem cozinha, e eu vou poder cozinhar. Acho até que vamos na Harrods comprar um peixinho...

Bem, são mais de 22h aqui, e o meu cartaz no banheiro masculino não sensibilizou ninguém, porque não devolveram a dita saboneteira.

London, 6th June, 2007

Hoje o fuso pegou, e só conseguimos acordar era quase meio dia, horário daqui.
Aí pra vocês também, eram apenas 8h da manhã.

Mesmo assim, conseguimos fazer bastante coisas.

Resolvemos ser turistas, e saímos a caminhar. Passamos pelo St. James Park, onde haviam vários estudantes em rodas comendo e conversando, pessoas almoçando, Cisnes e Patos do desenho do Perna Longa no lago, pessoas sentadas nas espreguiçadeiras que são públicas... até o mato do parque é bonito.
Depois, fomos até o Castelo de Buckingham, de onde estava saindo o representante de Papua - Nova Guiné, e cheio dos guardinhas de vermelho fazendo marchinhas engraçadas. Perdemos a troca da guarda por umas duas horas...
Depois, continuamos caminhando e passamos pelo Museu de Guerra, por alguns marcos do caminho em homenagem à Lady Di, fomos dali
até o parlamento, passamos voando pelo Big Ben, e fomos comprar alguma coisa para comer.

Achamos um café que tinha sanduíches ótimos, pegamos nossos sanduíches e bebidas, e fomos comer na beira do Tamisa. A única coisa ruim disso, é que eu fiquei com muito frio com a ventania, que desistimos de atravessar a ponte e ir fazer o passeio na London eye.
Voltamos a pé, tiramos fotos da torre do Big Ben - nota: o Big Ben é o sino que tem na torre, não o relógio – sentamos um pouco aos pés da réplica da estátua de Rodin (os Burgueses de Calis) no Victoria Tower Garden’s ao lado do parlamento.

Visitamos a St. Margaret’s Church, que foi construída em 1523 e é a preferida para casamentos de políticos e socialites.

Tiramos fotos na frente da Abadia de Westminster, e seguimos a pé para a Trafalgar Square, onde tiramos mais fotos, e onde tem a National Gallery.

Depois, voltamos para a Picadilly Circus, onde descansamos no Hostel e colocamos roupas mais quentinhas.

Depois de muito procurar, encontramos um Cyber café onde conseguimos mandar as fotos para nossas mães, conversar um pouco pelo msn, e checar nossos e-mails.

Achamos como resolver a situação dos nossos celulares, e amanhã já pretendemos estar com eles ativos.
Jantamos no KFC, pro Rômulo matar as saudades, mas amanhã vamos procurar uma refeição que não seja apenas pão com coisas no meio.

Tudo isso nós fizemos a pé, porque é tudo perto.

PS: esqueci de mencionar o fato mais engraçado do dia – um casal de portugueses discutindo na frente do Palácio de Buckingham.

London, 5th June, 2007

A Chegada

O vôo foi tranqüilo, até pode-se dizer que bem bom, mas não tem como não invejar o espumante e as poltronas da classe executiva, que a gente via pela cortina. E isso que da primeira classe a gente nem viu nada.
Mas os “plugues” para o ouvido foram salvadores, porque a brasileira nordestina e mal educada na nossa frente roncava feito um gigante.
E sabe que a comidinha da TAM até que é gostosa?

O avião aterrissou em Londres exatamente às 12h (horário de Brasília), 16h (horário de Greenwich).

A passagem pela imigração foi tranqüilíssima! Eles simplesmente pegam o passaporte vermelinho, passam pelo scanner, olham pra nossa cara, dizem obrigado e chamam o próximo.
Sem papéis, sem perguntas e sem burocracias.

Até por isso, pegamos as malas antes que os brasileiros não-cidadãos europeus que estavam no vôo.
Teve uma brasileira grávida, que pediu ajuda para o Rômulo em inglês, para ajuda-la com as malas na esteira. Nossas 3 malinhas chegaram bem felizes e inteiras com seus “protect bags” um pouco detonados, mas inteiras.
(Não Otávio, não extraviaram as nossas malas).

Pegamos nossas malas pelos puxadores e começamos nossa aventura. Fomos rumo à procura pela estação de metrô do aeroporto de
Heathrow(*).
Após algumas subidas e descidas e pedidos de informações, encontramos a estação e pegamos o metrô para a cidade.

A viagem até a estação Picadilly Circus levou aproximadamente meia hora. No caminho a gente já tem um gostinho da cidade: dois amigos conversando no vagão, com aquele sotaque carregado digno de Kate Winslet, com as vogais mega pronunciadas. Então, olhando pela janela, quando o underground viaja “above the ground”, dá pra ver aquelas casinhas bonitinhas, de tijolinhos, com seus 2 andares e telhados bem feitinhos, e parece que a gente ta vendo um filme do
Hugh Grant passando na nossa frente.
Além do animado casal que desceu bem antes de chegarmos ao centro, os outros passageiros chamam a atenção pelas suas diferenças... Japoneses, indianos, árabes, ingleses... a verdadeira mistura de cores e rostos diferentes que todo mundo fala, e que é verdade mesmo.

A única coisa ruim da travessia, foi administrar as trocas de trens com as 3 malas pra puxar, e as saídas da estação que são com escadas de verdade, e não rolantes.
Foi um belo esforço tudo isso.

O Hostel

Na saída do metrô ficamos em dúvida sobre qual o caminho a seguir. A gente achava que era um, mas pra não arriscar, com as 3 malas a puxar, preferimos perguntar para 2 carinhas que estavam vendendo jornal e conversando em português.
(Bia, saímos em outra entrada da estação, por isso a dúvida).

O Hostel está com a fachada em obras, e só enxergamos a entrada e que era aquele o prédio, quando chegamos bem na porta. Ainda bem que era mais perto do que a gente estava achando.
O recepsionista daquele dia era, adivinhem? Um brasileiro! E quando dissemos o nome do Rômulo, que estava na reserva, ele começou a falar em português com a gente.

Além da entrada, a recepção propriamente dita do Picadilly Backpackers Hostel é no 4º andar. Subimos, pagamos a tarifa, conseguimos prorrogar a reserva de apenas uma noite até sexta e fomos para o quarto.
Bem, digamos que ele bate com a pensão que ficamos em La Paloma, com a diferença de que aqui o banheiro é comunitário. A tarifa é médio cara para Hostel, mas estamos em um quarto sozinhos e bem no centro de Londres, onde podemos fazer tudo a pé.
O quarto é um ovo, com um beliche de casal que tem um colchão mole, mole... mas ele tem uma pia para higiene pessoal, e parece ser bastante seguro (embora nada de valor fique dentro dele sem a gente, é claro).
Mas mamães, fiquem tranqüilas, o lugar é limpo, não tem bichos e é no coração de Londres!

1º passeio

Até nos acomodarmos, eu tomar banho, descansarmos um pouco da maratona de carregarmos 3 malas e 2 mochilas em duas pessoas, saímos para passear pelas 8h da noite.

Classicamente comemos no primeiro restaurante familiar que apareceu na frente: o Mc Donal’ds. Porém, comemos um lanche que não tem por aí... achei os lanches relativamente mais baratos do que aí no Brasil, claro que sem fazer conversão.

Saímos dali e demos uma volta na quadra... nossa, é muita informação nova... mas antes de passear mais, tivemos que voltar no Hostel para pegar uma blusa mais quente pra mim. É realmente friozinho por aqui, tipo um clima de setembro no RS.

Depois sim, caminhamos pelas redondezas, passamos por vários teatros, andamos pela Picadilly Road, entramos em uma livraria maravilhosa, vimos os ônibus de 2 andares, as cabines telefônicas vermelhas, os motoristas dirigindo pelo lado direito e do lado direito, a pontinha de uma torre, e aí finalmente caiu a ficha: A GENTE TÁ EM LONDRES!!!

Pronto, fiquei deslumbrada... aquelas pedras nas ruas que devem ser mais antigas do que o país em que eu nasci... é muito maluco isso.

Passeamos mais um pouco, achamos o teatro onde está passando “O Fantasma da Ópera” que eu sou louca pra ver, passamos no supermercado Tesco (o famoso Tesco) para comprar água, bolachinhas e um bom ar, pra melhorar o cheirinho do nosso quarto.
Tiramos umas fotos (passei o link por e-mail, se alguém mais quiser, me pede que eu mando), passamos por lojas famosas, como a Burberry, telefonamos para as mamães, que não estavam em casa, e voltamos para o Hostel.

Ah, a diferença de fuso aqui é de 4h.

PS: O Rômulo pediu para eu colocar uma observação, ele diz que tem saudades dos banheiros novinhos do apartamento, onde a água corre abundantemente, e não precisa ficar correndo atrás dos pingos.
Observação da Juliana: parece banho do chuveiro elétrico do Imbé, que pra ficar quente, tinha que abrir pouco a água.

(*) Nota: eu tinha escrito o nome do aeroporto errado, porque eu vivo trocando o nome das coisas, é de família... mas graças à amiga Rê, tá corrigido!!!